A justiça dos Estados Unidos decidiu rejeitar um pedido da Administração do Presidente Donald Trump para destituir Lisa Cook do Conselho de Governadores da Reserva Federal (Fed). Esta decisão foi tomada por um tribunal federal de recurso e confirma a posição de um juiz de instância inferior, que já tinha bloqueado temporariamente a destituição enquanto a disputa legal estava a ser resolvida.
O pedido de Trump para demitir Lisa Cook ocorreu a 25 de agosto, quando o Presidente a acusou de fraude relacionada com créditos imobiliários. A alegação baseava-se no facto de Cook ter indicado duas propriedades como “residências primárias” em julho de 2021, antes de ser nomeada para o Conselho de Governadores da Fed. Esta controvérsia surge num momento crítico, uma vez que a Reserva Federal está prestes a discutir um possível corte nas taxas de juro.
Entretanto, na mesma segunda-feira, o Senado confirmou Stephen Miran, um dos principais conselheiros económicos de Trump e ex-funcionário do Tesouro, como novo membro do Conselho da Fed. A votação foi bastante renhida, com um resultado de 48-47, refletindo a polarização política em torno das nomeações para o banco central.
Hoje, inicia-se uma reunião de dois dias do Comité do Mercado Aberto da Fed, onde se espera que os membros discutam a política monetária e o futuro das taxas de juro. A expectativa é que, na quinta-feira, seja anunciado um corte na taxa de juro, embora a dimensão desse corte ainda seja incerta. Analistas apontam para uma redução de 25 pontos base, o que poderá ter um impacto significativo na economia.
A situação em torno de Lisa Cook e as decisões da Fed são cruciais para o futuro económico dos Estados Unidos. As escolhas feitas agora poderão influenciar não só a política monetária, mas também a confiança dos investidores e o mercado imobiliário.
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Lisa Cook Lisa Cook Nota: análise relacionada com Lisa Cook.
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Fonte: Sapo