A Certeca, uma empresa portuguesa do setor cerâmico pertencente ao Grupo Ceragni, e a Rega Energy assinaram um acordo para o fornecimento de biometano que se estenderá por um período de 10 anos. Este contrato permitirá à Certeca substituir cerca de 20% do seu consumo de gás natural por este gás renovável, contribuindo para a sustentabilidade da indústria.
O biometano, que será utilizado na unidade da Certeca em Anadia, é produzido pela Rega Energy a partir de resíduos orgânicos, maioritariamente de origem agropecuária. Ambas as empresas estão comprometidas com a sustentabilidade e a descarbonização, um objetivo que se torna cada vez mais relevante no contexto atual.
Raúl Magalhães, Presidente do Conselho de Administração da Certeca, sublinhou a importância deste acordo, afirmando que “acreditamos num futuro com uma indústria mais modernizada e sustentável”. Ele destacou que este passo representa um avanço significativo nas metas de descarbonização estabelecidas pela União Europeia e pelas Nações Unidas.
João Rosa Santos, responsável comercial da Rega Energy, também comentou sobre a parceria, afirmando que “esta é mais uma das colaborações que temos vindo a desenvolver para o fornecimento de longo prazo de biometano”. O gestor acrescentou que a missão da empresa é “impulsionar o fabrico de produtos portugueses mais sustentáveis e competitivos, tornando-os Made in Portugal, Made Sustainable”.
O biometano é uma solução eficiente e rápida que reduz as emissões de CO2, especialmente em indústrias que exigem altas temperaturas e são grandes consumidoras de gás natural. A Certeca tem vindo a investir em energias renováveis no seu processo de fabrico, tornando os seus produtos mais sustentáveis. Em março de 2024, a empresa concluiu a instalação de um parque solar fotovoltaico nas suas instalações, evitando a emissão anual de 514 toneladas de CO2, o que equivale à plantação de cerca de 13.191 árvores.
Este acordo de biometano não só representa um passo importante para a Certeca, mas também para a indústria cerâmica em Portugal, que busca cada vez mais alternativas sustentáveis. Leia também: O impacto das energias renováveis na indústria portuguesa.
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Fonte: Sapo





