A Câmara de Comércio Europeia na China alertou que as recentes restrições impostas pelo governo chinês às exportações de terras raras estão a ter um impacto significativo nas empresas europeias. Apesar de um aumento nas aprovações de licenças de exportação durante o verão, os membros da câmara reportam agora dificuldades crescentes em aceder a esses materiais essenciais.
As terras raras são fundamentais para diversas indústrias, incluindo a eletrónica e a energia renovável. A China, que detém uma grande parte das reservas mundiais, tem vindo a implementar medidas que limitam a exportação desses recursos. Esta situação está a custar milhões de euros a empresas que dependem destes materiais para a sua produção.
Os empresários europeus expressam preocupação com a incerteza que estas restrições criam. A dificuldade em obter terras raras pode levar a atrasos na produção e a um aumento nos custos operacionais. Além disso, a dependência da Europa em relação às importações chinesas torna a situação ainda mais crítica, uma vez que a escassez pode afetar a competitividade das empresas no mercado global.
A Câmara de Comércio Europeia sublinha a necessidade de diversificar as fontes de abastecimento de terras raras, de modo a mitigar os riscos associados a estas restrições. A situação atual evidencia a vulnerabilidade das cadeias de abastecimento e a importância de se encontrar alternativas viáveis.
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As empresas estão a ser forçadas a repensar as suas estratégias, procurando soluções que garantam um fornecimento estável e acessível de terras raras. A situação continua a evoluir, e as expectativas são de que as tensões comerciais entre a China e a Europa possam agravar-se, levando a novas dificuldades para os negócios europeus.
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Fonte: CNBC