O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, anunciou a colocação de 1.750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) com maturidade prevista para julho e setembro de 2026. Esta operação, que corresponde ao montante máximo indicativo, revelou uma taxa de juro média de 2,005% para o BT com vencimento em julho e de 2,009% para o BT com vencimento em setembro.
De acordo com os dados disponibilizados na Bloomberg, a procura pelo leilão do BT17JUL2026 atingiu 1.622 milhões de euros, o que representa 2,16 vezes o montante colocado. Neste leilão, foram colocados 750 milhões de euros a uma taxa de juro média de 2,005%. Por outro lado, o leilão com maturidade a 18 de setembro de 2026 registou uma procura de 2.187 milhões de euros, ou seja, 2,19 vezes o montante colocado, com 1.000 milhões de euros a uma taxa média de 2,009%.
Estas taxas de juro médias são superiores às que foram verificadas no último leilão, realizado em julho, onde o IGCP colocou 1.000 milhões de euros a uma taxa média de 1,906% e com uma procura que alcançou 2,83 vezes o montante colocado.
Durante uma audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, o presidente do IGCP, Pedro Cabeços, destacou a intenção de diversificar e atrair novos investidores para a dívida pública portuguesa. Cabeços sublinhou que a agência tem promovido reuniões para entender as necessidades dos investidores e aumentar o seu interesse. “Há investidores que não incluem Portugal nas suas decisões de investimento”, afirmou, revelando que o IGCP se reuniu com mais de 100 investidores nos últimos dois anos para promover a dívida pública do país.
A colocação de dívida pública é um indicador importante da confiança dos investidores na economia nacional. Com o aumento das taxas de juro, o IGCP está a adaptar a sua estratégia para captar novos investidores e garantir a sustentabilidade da dívida pública. Leia também: “Como a dívida pública influencia a economia portuguesa”.
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Fonte: Sapo