A COREangels, uma das principais redes de business angels em Portugal, tem uma nova liderança. Rui Falcão, que até agora ocupava o cargo de presidente, foi nomeado CEO, sucedendo Cintia Mano, que esteve à frente da organização nos últimos dois anos. Esta mudança de liderança foi confirmada pelo ECO e surge num momento de reflexão e evolução para a rede.
Rui Falcão comentou que a transição é um processo natural, que respeita as dinâmicas de vida e carreira dos fundadores e das organizações. “Ser fundador de uma startup é sempre exigente e desgastante. As startups requerem dos líderes 100% do foco e atenção. Às vezes, é importante parar, respirar e repensar a missão e o futuro”, afirmou o novo CEO da COREangels.
Falcão acredita que a força da COREangels reside no trabalho em equipa. “Os resultados dependem mais das dinâmicas das equipas do que do estilo individual dos líderes. Apesar das mudanças, os processos e visões partilhados são fundamentais para a continuidade”, acrescentou.
O novo CEO também expressou a sua gratidão a Cintia Mano pela sua liderança, especialmente num setor onde as mulheres representam apenas 15% dos business angels. “Na COREangels, defendemos e incentivamos a participação de mais mulheres nesta atividade, tanto como business angels como em posições de liderança”, destacou.
Atualmente, Rui Falcão acumula as funções de CEO e presidente do conselho de administração. Ele defende que, em empresas pequenas, as estruturas devem ser simples. No entanto, não descarta a possibilidade de reestruturações futuras, caso surjam novos acionistas que possam acelerar o crescimento da COREangels.
Com esta nova fase, Falcão também deixa os seus cargos de liderança nos grupos COREangels Lisboa, Porto e Food, que se dedica a investimentos na indústria alimentar. “Estamos a desafiar business angels a assumirem a liderança destes grupos. O Pedro Bandeira continuará a missão de colíder e Isabel Faria manterá a liderança na Food”, explicou.
A COREangels, que conta com 350 business angels distribuídos por 14 fundos, já investiu em 110 startups em oito países ao longo dos últimos quatro anos. O valor total dos ativos sob gestão é estimado em cerca de 50 milhões de euros. Esta nova liderança promete trazer uma nova dinâmica à rede, reforçando o seu compromisso com a inovação e o empreendedorismo em Portugal.
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Fonte: ECO