A Biorce, uma startup portuguesa na área da saúde que utiliza inteligência artificial para otimizar ensaios clínicos, conseguiu levantar cinco milhões de euros para impulsionar a sua expansão nos Estados Unidos. Com este novo investimento, a empresa, que tem sede em Barcelona e escritórios em Lisboa e Londres, eleva o seu capital total para mais de dez milhões de euros.
A Cuatrecasas desempenhou um papel crucial ao assessorar a Norrsken VC na negociação e execução deste investimento convertível. O objetivo principal é permitir que a Biorce amplie as suas equipas tecnológicas e de vendas, acelere o desenvolvimento de produtos e aumente as suas receitas. O CEO da Biorce, Pedro Coelho, sublinha que a entrada no mercado americano já estava prevista desde novembro passado, quando a startup levantou 3,5 milhões de euros. Atualmente, os Estados Unidos representam apenas 10% da receita da Biorce, mas a empresa espera que esse número cresça para 70% nos próximos 12 meses.
A Norrsken VC, que faz parte da fundação de impacto Norrsken, criada em 2017 na Suécia, é conhecida por gerir o maior fundo de impacto da Europa, focando-se em investimentos em startups em fase inicial. Pedro Coelho revela que a Biorce já abriu um escritório nos EUA e planeia aumentar a sua equipa americana para dez pessoas até 2025. Os objetivos da empresa incluem estabelecer uma forte presença no mercado, aumentar a notoriedade da marca e posicionar a Biorce como a escolha preferencial para ensaios clínicos baseados em IA.
Vasco Bivar de Azevedo, sócio da Cuatrecasas, comenta que a utilização de instrumentos convertíveis tem vindo a crescer entre investidores de startups com elevado potencial de crescimento, permitindo um acesso rápido ao capital necessário. A operação de investimento da Norrsken VC na Biorce é um marco importante no ecossistema de venture capital em Portugal e Espanha, e a Cuatrecasas teve um papel central em todo o processo, desde a negociação até à execução do investimento, que ocorreu em apenas um mês.
A equipa da Cuatrecasas, liderada por Vasco Bivar de Azevedo e composta por especialistas em venture capital, garantiu a segurança jurídica e a eficiência do processo, enfrentando desafios como a compatibilização das exigências regulatórias de um fundo de impacto internacional com a realidade de uma startup em expansão. A negociação de cláusulas de conversão e mecanismos de proteção do investimento foi fundamental para alinhar os interesses do investidor e dos fundadores.
Este investimento na Biorce não só reforça a sua posição no mercado, como também destaca a crescente importância das startups tecnológicas em Portugal. A Biorce está agora mais bem posicionada para enfrentar os desafios do mercado americano e continuar a sua trajetória de crescimento.
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Fonte: ECO