O Senado dos Estados Unidos rejeitou um projeto de lei de financiamento temporário do Estado, que havia sido aprovado na câmara baixa do Congresso, dominada pelos republicanos. A votação, que ocorreu antes de uma pausa de uma semana nas atividades do Congresso, deixou o governo federal em risco de paralisar a partir de 30 de setembro, caso não se encontre uma solução.
O projeto de lei republicano obteve apenas 48 votos a favor e 44 contra, ficando aquém dos 60 votos necessários para a sua aprovação. Apenas um senador democrata se juntou aos republicanos no apoio à proposta, que foi alvo de críticas por parte dos líderes democratas. O líder da maioria republicana, John Thune, defendeu que o seu projeto era uma solução limpa e apartidária, enquanto caracterizou a proposta dos democratas como “suja” e repleta de políticas partidárias.
A situação é tensa, com líderes de ambos os partidos a trocarem acusações sobre a responsabilidade pelo chumbo do projeto. Thune tem a autoridade para convocar os senadores de volta ao trabalho, se necessário, mas a maioria republicana no Senado, que conta com 53 lugares, precisa de apoio da oposição para avançar com qualquer proposta.
Os democratas apresentaram uma alternativa que visa proteger subsídios para cuidados de saúde, mas a sua minoria nas duas câmaras do Congresso torna a aprovação improvável. O líder democrata, Chuck Schumer, alertou para a possibilidade de uma paralisação se as exigências do seu partido não forem atendidas, afirmando que o povo norte-americano está a observar as ações de ambos os partidos.
Antes da votação no Senado, a câmara baixa do Congresso, também de maioria republicana, aprovou um financiamento temporário que se estenderia por sete semanas, de 1 de outubro a 21 de novembro. O projeto de lei inclui um aumento no financiamento para a segurança dos membros do Congresso e do governo, em resposta a crescentes ameaças.
O ex-Presidente Donald Trump pediu aos legisladores que aprovassem o projeto de lei “sem emendas”, acusando os democratas de quererem paralisar o governo. Apesar das ameaças de paralisação, Trump indicou que os republicanos provavelmente seguirão em frente com uma proposta para manter o financiamento.
Os líderes democratas têm tentado negociar com os republicanos, mas afirmam que estes têm recusado as reuniões, o que aumenta a tensão entre as partes. A divisão entre os democratas também foi evidente na votação anterior, mas agora estão unidos na defesa dos cortes na saúde, que foram uma das principais mudanças desde a última negociação.
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Fonte: Sapo