Startups portuguesas buscam EUA devido a baixo investimento

As startups portuguesas estão a olhar para o mercado norte-americano como uma solução para a falta de investimento e o baixo volume de negócios que enfrentam em Portugal. Durante uma conferência da Anacom dedicada à inteligência artificial (IA) e novas empresas, ficou evidente que muitas destas empresas têm uma forte componente internacional, com os EUA a ser um dos principais destinos.

Representantes de várias startups nacionais partilharam a sua visão sobre como a tecnologia, especialmente a IA, é fundamental para a sua diferenciação no mercado. A co-fundadora e CEO da Tonic Easy Medical, Daniela Seixas, destacou a importância da IA na saúde, explicando que a sua empresa, que já opera em países como França e Itália, está a desenvolver um “copiloto” baseado em IA para ajudar médicos no tratamento oncológico. Segundo Daniela, o mercado português é significativamente menor, o que limita as oportunidades de crescimento.

Outra startup em destaque foi a Defined.ai, que se posiciona como uma parceira essencial para grandes tecnológicas que necessitam de dados para treinar modelos de IA. Sebastião Villax, responsável pelo desenvolvimento de negócios, sublinhou a importância de um compromisso ético na recolha de dados, afirmando que a empresa garante a remuneração justa e a rastreabilidade dos dados, algo crucial num setor onde a transparência é muitas vezes questionada.

Na área da saúde, a Sword Health também fez notar a sua presença no mercado americano, onde 90 a 95% do seu volume de negócios se concentra. Luís Ungaro, vice-presidente de IA, enfatizou que a missão da empresa é reduzir os custos elevados do sistema de saúde dos EUA através da IA, mantendo a sua sede em Portugal e apostando no talento local.

A Indie Campers, conhecida pela sua rede de autocaravanas, mostrou como a tecnologia e o turismo podem coexistir. Rui Costa, CTO da empresa, explicou que a aplicação da IA transformou a experiência do cliente, permitindo um suporte mais eficiente em mais de 160 países. A empresa optou por uma estratégia de crescimento independente, sem recorrer a capital de risco, e já se posiciona como o maior operador de road trips do mundo.

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O debate também abordou o papel da Anacom como regulador da IA em Portugal. Luís Ungaro defendeu que a Anacom pode ser um parceiro ativo, ajudando a criar um ambiente regulatório que beneficie as startups. Sebastião Villax reforçou a necessidade de uma comunicação próxima entre o regulador e as empresas, para que se possa disseminar informação relevante e apoiar o crescimento do setor.

As startups portuguesas estão a demonstrar que, apesar dos desafios no mercado nacional, a inovação e a ética na utilização da IA podem abrir portas para a expansão internacional. Leia também: O futuro da inteligência artificial em Portugal.

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Fonte: ECO

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