Milhares de pessoas de diversas partes do país reuniram-se na Praça Marquês de Pombal e no início da Avenida da Liberdade, em Lisboa, numa manifestação organizada pela CGTP contra o pacote de reforma laboral. Sob o lema “Mais Salários e direitos – Outro rumo é possível!”, a concentração começou pouco depois das 15h20, com centenas de manifestantes a erguer cartazes com mensagens como “35 horas para todos”, “não ao pacote laboral” e “contra a política de direita e exploração – por uma vida digna”.
Os participantes, acompanhados por cânticos e o som de bombos, expressaram a sua indignação ao gritar que “o pacote laboral é retrocesso social”. A marcha seguiu pela Avenida da Liberdade, onde convergiram trabalhadores de distritos como Leiria, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Algarve, com destino aos Restauradores. Neste local, estavam previstas intervenções da Interjovem e do secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.
A CGTP tem enfatizado que o anteprojeto do Governo representa um “verdadeiro retrocesso” nos direitos dos trabalhadores, apontando ainda que algumas das propostas de alteração são inconstitucionais. Durante a última reunião de Concertação Social, realizada a 10 de setembro, o Governo comprometeu-se a apresentar uma nova versão do anteprojeto, prometendo “evoluções” nas questões relacionadas com a família e a parentalidade, conforme indicado pelo secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) e pelo presidente da Confederação Empresarial de Portugal.
Por outro lado, o secretário-geral do PCP criticou as alterações à legislação laboral propostas pelo Governo, afirmando que “não têm ponta por onde se pegue” e que devem ser “rejeitadas na totalidade”, considerando-as um “ataque brutal” aos trabalhadores.
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Fonte: Sapo
