O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, manifestou-se contra as alterações à legislação laboral propostas pelo Governo, afirmando que são para “rejeitar tudo”. Durante uma manifestação em Lisboa, organizada pela CGTP, Raimundo considerou que estas alterações representam um “ataque brutal” aos direitos dos trabalhadores.
“Este pacote laboral não tem jeito nenhum. Os trabalhadores precisam de mais salários, mais estabilidade e mais direitos, e nada disso está presente neste pacote”, afirmou o líder comunista. A sua crítica centrou-se na ideia de que as propostas do Governo introduzem mais precariedade e desregulação dos horários de trabalho, além de facilitar despedimentos sem justa causa.
Questionado sobre quais os aspectos mais negativos das propostas, Raimundo evitou destacar apenas um, sublinhando que todas as alterações são prejudiciais. “O Governo quer fazer crer que o direito à greve se mantém, mas na prática, os trabalhadores não conseguem exercê-lo”, ironizou, referindo-se a um ataque à liberdade sindical.
O secretário-geral do PCP acusou o Governo de estar a favorecer os interesses patronais, criando uma relação direta entre trabalhadores e entidades empregadoras que, segundo ele, prejudica a posição dos trabalhadores. “O Governo dá voz a estas alterações, mas todos os partidos que apoiam esta política partilham os mesmos objetivos”, afirmou.
A manifestação de Lisboa, que reuniu milhares de pessoas, foi vista como um sinal de grande rejeição ao pacote laboral. Raimundo expressou a sua convicção de que este protesto ajudará a aumentar a consciência dos trabalhadores sobre a gravidade da situação. “A luta vai continuar e os trabalhadores têm força para derrubar este pacote laboral”, concluiu.
Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP-IN, também se fez ouvir durante a manifestação, destacando a importância da ação coletiva. “Estamos a discutir um pacote laboral que é um retrocesso nos direitos dos trabalhadores”, disse, apelando à mobilização para continuar a luta. Oliveira enfatizou que a CGTP propõe um aumento salarial de pelo menos 15% e a redução da carga horária para 35 horas semanais.
Os manifestantes, que se concentraram na Praça Marquês de Pombal e desceram pela Avenida da Liberdade, expressaram a sua indignação com cartazes que exigiam “35 horas para todos” e “não ao pacote laboral”. Através de cânticos e batidas de bombos, demonstraram a sua determinação em lutar por melhores condições de trabalho e direitos.
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Fonte: ECO





