Na passada semana, durante um evento promovido pela LIDE, um painel composto por três professores universitários, dois oriundos dos Estados Unidos e um de Portugal, discutiu a evolução da inteligência artificial (IA) nas empresas familiares. As suas reflexões sobre o passado, o presente e as perspetivas futuras revelaram duas conclusões importantes. A primeira é que, independentemente da rapidez com que as empresas adotem a IA, estarão sempre um passo atrás da tecnologia mais recente. A segunda, e talvez mais alarmante, é que a diferença entre as empresas que adotam a IA de forma agressiva e aquelas que o fazem lentamente está a aumentar, criando um fosso significativo que poderá ter consequências profundas.
A história da inteligência artificial é fundamental para compreender o seu impacto atual. Embora a atenção mediática tenha aumentado nos últimos anos, a IA não é um conceito novo. O termo foi introduzido em 1956, numa época em que os primeiros desenvolvimentos em IA generativa começaram a despertar grandes expetativas. Desde então, a evolução da tecnologia tem sido constante, mas a sua adoção nas empresas familiares ainda enfrenta desafios significativos.
As empresas que não se adaptam rapidamente à inteligência artificial correm o risco de ficar para trás. A competição no mercado atual exige uma abordagem proativa, e as empresas que hesitam em integrar a IA nas suas operações podem ver-se em desvantagem. A transformação digital não é apenas uma tendência; é uma necessidade para a sobrevivência e crescimento no mundo empresarial contemporâneo.
Os especialistas alertam que a resistência à mudança pode levar a um estado de estagnação. As empresas familiares, muitas vezes caracterizadas por uma abordagem mais conservadora, devem considerar a adoção da inteligência artificial como uma oportunidade de inovação e não como uma ameaça. A implementação de soluções de IA pode otimizar processos, melhorar a eficiência e, em última análise, aumentar a competitividade.
A discussão sobre a inteligência artificial nas empresas familiares é, portanto, um tema crucial que merece atenção. À medida que o fosso entre as empresas que adotam rapidamente a IA e as que não o fazem se alarga, torna-se evidente que a mudança é imperativa. As empresas que se adaptarem a esta nova realidade estarão melhor posicionadas para prosperar no futuro.
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Fonte: Sapo