Portugal reconheceu oficialmente o Estado da Palestina, uma decisão anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, que se realiza em Nova Iorque. A declaração foi feita no dia 21 de setembro de 2025 e marca um passo significativo na política externa portuguesa.
Paulo Rangel sublinhou a urgência de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde a situação humanitária se deteriora a cada dia. “Pedimos que se cessem todas as hostilidades”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa, enfatizando que o reconhecimento do Estado da Palestina não deve ser visto como uma negação da catástrofe em curso. O ministro destacou que a decisão foi tomada de forma unânime pelos partidos representados na Assembleia da República, refletindo um consenso em torno desta questão.
O reconhecimento do Estado da Palestina é considerado por Rangel como uma concretização de uma linha fundamental da política externa de Portugal. O governo português defende a solução de dois estados como a única via viável para alcançar a paz duradoura na região. “Reafirmamos o direito do Estado de Israel à existência e à segurança, assim como a amizade entre os povos português e israelita”, acrescentou.
Apesar do reconhecimento, Paulo Rangel não deixou de mencionar os ataques terroristas ocorridos a 7 de outubro, que resultaram em perdas significativas e na captura de reféns, alguns dos quais têm ligações a Portugal. O ministro apelou à libertação imediata dos reféns, considerando-a uma prioridade crítica.
“É mais do que tempo para se darem os passos necessários para a paz. Apelamos a que se abra uma fresta de luz para a paz”, concluiu Rangel, reforçando a necessidade de diálogo e entendimento entre as partes envolvidas.
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Estado da Palestina Estado da Palestina Nota: análise relacionada com Estado da Palestina.
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Fonte: Sapo