Stephen Miran, o novo membro da Reserva Federal dos Estados Unidos, chegou ao cargo com uma proposta ousada: um corte de 50 pontos base nas taxas de juro. Esta solicitação, feita logo após a sua nomeação pelo Senado, destaca-se por ser a única entre as doze vozes da Fed a pedir um corte tão significativo. Miran, que ocupará o cargo até 31 de janeiro de 2026, sucedeu a Adriana Kugler, que deixou a instituição de forma inesperada em agosto.
A sua chegada à Fed não foi isenta de controvérsia. Miran, que pediu uma licença sem vencimento da Casa Branca, traz consigo a influência da administração de Donald Trump. O ex-presidente, que não hesita em expressar as suas opiniões sobre a política monetária, exigiu cortes de juros mais agressivos, afirmando que a Fed deve agir rapidamente para evitar que os preços dos créditos à habitação disparem. Em uma publicação nas redes sociais, Trump enfatizou a necessidade de um corte maior do que o que Jerome Powell, atual presidente da Fed, tem em mente.
Os cortes de juros são uma ferramenta crucial que a Fed utiliza para estimular a economia, especialmente em tempos de incerteza. Com a inflação a ser uma preocupação constante, a pressão sobre a Fed para ajustar as taxas de juro é cada vez maior. A proposta de Miran poderá, portanto, ser vista como uma tentativa de alinhar a política monetária com as expectativas do mercado e a visão da administração Trump.
A questão que se coloca agora é se a Fed seguirá a recomendação de Miran ou se manterá a sua abordagem cautelosa. A próxima reunião da Fed será um momento decisivo para compreender a direção que a política monetária poderá tomar. Os investidores e analistas estarão atentos às declarações de Powell e à reação do mercado.
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Os cortes de juros, se implementados, poderão ter um efeito significativo sobre o mercado imobiliário, tornando os empréstimos mais acessíveis e potencialmente aquecendo o setor. Contudo, a Fed terá de equilibrar essa necessidade com a luta contra a inflação, que continua a ser uma preocupação central.
A nomeação de Miran e a sua proposta de cortes de juros refletem a complexidade da atual situação económica nos Estados Unidos. Com a pressão política a aumentar, a Fed enfrenta um desafio considerável em encontrar o equilíbrio certo.
cortes de juros Nota: análise relacionada com cortes de juros.
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Fonte: Sapo