Apoio E-Lar pode aumentar fatura energética das famílias

A Deco Proteste emitiu um alerta sobre o Programa E-Lar, uma iniciativa do Governo destinada a apoiar a troca de eletrodomésticos a gás por alternativas elétricas mais eficientes. Segundo a organização de defesa dos consumidores, este programa pode, na verdade, resultar num aumento da fatura energética para muitas famílias, além de excluir tecnologias eficientes como as bombas de calor.

As candidaturas para o apoio E-Lar abrem a 30 de setembro, e a Deco identificou várias lacunas que podem perpetuar a vulnerabilidade energética em vez de a resolver. A organização sublinha que, sem melhorias estruturais, como o isolamento térmico das habitações, as famílias podem ver as suas faturas aumentarem, mesmo com a adoção de equipamentos mais eficientes.

Um dos principais problemas apontados pela Deco é o aumento da potência contratada. A introdução de mais equipamentos elétricos frequentemente exige um aumento na potência contratada, o que acarreta custos fixos adicionais na fatura de eletricidade. Muitas habitações não estão preparadas para suportar essa nova potência, o que pode levar a obras dispendiosas que não são cobertas pelo apoio E-Lar.

A Deco estima que a substituição de esquentadores a gás por termoacumuladores elétricos, a única opção financiada pelo programa para aquecimento de águas, pode resultar num agravamento da fatura em mais de 360 euros por ano. Os termoacumuladores elétricos elegíveis são modelos de Classe A, mas com capacidade limitada a 30 litros, abaixo do recomendado para uma pessoa, o que pode não satisfazer as necessidades reais das famílias.

Outro ponto crítico é a exclusão das bombas de calor, uma tecnologia que poderia proporcionar uma poupança anual significativa de cerca de 350 euros em comparação com os esquentadores a gás butano, que são os mais comuns em Portugal.

Leia também  Vendas a retalho no Reino Unido aumentam 0,6% em julho

A Deco Proteste também manifestou preocupações junto do Governo sobre a necessidade de simplificação dos processos, a abrangência geográfica dos fornecedores, os equipamentos elegíveis e os custos associados à eletrificação e à potência contratada. Além disso, a segurança na substituição dos equipamentos é uma questão importante, uma vez que a selagem das saídas de gás deve ser feita de forma segura, e o regulamento atual não clarifica a responsabilidade e os custos dessa intervenção.

Se a rede de fornecedores para a utilização do voucher não for ampla e diversificada, poderá haver um risco de exclusão para muitas famílias portuguesas.

Leia também: O impacto da eletrificação na fatura energética das famílias.

apoio E-Lar apoio E-Lar apoio E-Lar Nota: análise relacionada com apoio E-Lar.

Leia também: Endividamento das famílias cresce 7,3% em um ano, recorde histórico

Fonte: ECO

Não percas as principais notícias e dicas de Poupança

Não enviamos spam! Leia a nossa política de privacidade para mais informações.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Back To Top