Assembleia Geral da ONU: Reconhecimento do Estado da Palestina

A 80ª Assembleia Geral da ONU, que teve início esta terça-feira em Nova Iorque, está a gerar grande atenção internacional, especialmente devido ao reconhecimento do Estado da Palestina por vários países, incluindo Portugal. Este gesto alinha-se com a posição de 146 dos 193 Estados membros da ONU, que já reconhecem a Palestina, representando mais de 80% da população global. Este reconhecimento surge num contexto de crescente preocupação com a situação em Gaza, onde a guerra tem provocado um sofrimento imenso.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou que o Reino Unido também reconhece formalmente o Estado da Palestina, destacando a importância de reavivar as esperanças de paz na região. O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, fez declarações semelhantes, sublinhando a necessidade de uma parceria para um futuro pacífico tanto para a Palestina como para Israel. Este reconhecimento é visto como uma resposta ao horror da guerra em Gaza e à recusa de Israel em reconhecer os erros cometidos, que já foram qualificados de genocídio pela própria ONU.

A administração de Donald Trump, que tem sido um forte apoiador de Israel, tentou influenciar países como o Canadá a não reconhecerem a Palestina, mas sem sucesso. A decisão do Reino Unido é particularmente simbólica, dado o seu histórico na criação do Estado de Israel após a Segunda Guerra Mundial. A complexidade da situação é evidente, uma vez que as promessas feitas pelos britânicos durante o período entre guerras contribuíram para a atual crise.

O ministro da Segurança de Israel, Itamar Ben-Gvir, criticou as decisões do Reino Unido, Canadá e Austrália, considerando-as uma recompensa aos “assassinos” do Hamas. Ben-Gvir anunciou que irá propor a anexação de terras na Cisjordânia, uma medida que poderá agravar ainda mais as tensões na região.

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A Assembleia Geral da ONU, que se desenrola sob o lema “Melhores Juntos: 80 anos e além pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”, não se limita apenas à questão da Palestina. Outros temas relevantes, como o multilateralismo, a ação climática e a igualdade de género, também estarão em destaque. A nova presidente da Assembleia, Annalena Baerbock, ex-ministra das Relações Exteriores da Alemanha, afirmou que este é um momento crucial para a organização, que enfrenta críticas sobre a sua eficácia e relevância no cenário atual.

Enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desenvolvimentos na Assembleia Geral, a questão do Estado da Palestina continua a ser um tema central nas discussões globais. Leia também: “A importância do reconhecimento do Estado da Palestina na diplomacia internacional”.

Estado da Palestina Nota: análise relacionada com Estado da Palestina.

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Fonte: Sapo

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