O Conselho das Finanças Públicas (CFP) divulgou um relatório que identifica 22 riscos que podem impactar a economia e as finanças públicas em Portugal. Este documento, apresentado esta segunda-feira, destaca um cenário macroeconómico e orçamental marcado por uma elevada incerteza, com a maioria dos riscos a apontar para uma possível desaceleração da atividade económica.
Entre os riscos negativos, o CFP menciona a instabilidade na política comercial dos Estados Unidos, que levanta preocupações sobre a capacidade de manter acordos com a União Europeia. A volatilidade nos mercados financeiros e o aumento dos custos de financiamento, devido aos níveis elevados de dívida pública na Zona Euro, também são fatores que podem afetar a economia nacional.
Outros riscos incluem tensões políticas em países como França, custos associados a eventos climáticos extremos e a possibilidade de um crescimento do investimento público inferior ao esperado. O CFP alerta ainda para o impacto das medidas de redução do IRS e do IRC, que já foram anunciadas, e para o aumento das despesas com o Complemento Solidário para Idosos, que dependerá de regulamentações anuais.
No entanto, o relatório também aponta riscos que podem ter um efeito positivo na economia. O CFP destaca a possibilidade de uma maior elasticidade da receita fiscal e um crescimento mais robusto das contribuições. Além disso, a execução do investimento público pode ser inferior ao previsto, o que poderá resultar em encargos com juros mais baixos, caso a situação da dívida pública se torne mais favorável.
O aumento do consumo das famílias, impulsionado por medidas de estímulo ao rendimento, e um crescimento do emprego que pode surpreender positivamente são outros fatores que podem contribuir para uma trajetória económica mais favorável. O CFP sublinha que, apesar dos desafios, existem oportunidades que podem ser exploradas.
Em suma, o relatório do CFP revela um panorama complexo, onde os riscos económicos são variados e exigem atenção. A capacidade de adaptação e resposta a estes desafios será crucial para garantir a estabilidade e o crescimento da economia portuguesa.
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Fonte: ECO