O Governo português anunciou um investimento significativo de 637 milhões de euros para a construção de um novo terminal de contentores no Porto de Leixões. Este projeto inclui uma nova concessão, avaliada em 430 milhões de euros, e visa responder à crescente demanda de carga na região Norte do país.
João Neves, presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), destacou que existe agora “mais segurança para o privado investir” no novo terminal, uma vez que a carga “está a fervilhar no Norte”. Esta afirmação reflete a confiança dos investidores na capacidade de retorno do investimento, dado o aumento da atividade portuária.
Durante um debate na Porto Maritime Week, Neves expressou a sua satisfação com o plano Portos 5+, que visa modernizar e expandir as infraestruturas portuárias. O novo terminal é crucial para Leixões, que enfrenta desafios relacionados com a falta de espaço. O porto, segundo Neves, tinha “uma tonelada de carga transportada por metro disponível”, o que demonstra a necessidade urgente de expansão.
Com a construção deste novo terminal, Leixões irá acrescentar 20 hectares de área, o que representa um aumento significativo na capacidade de movimentação de contentores. Este investimento permitirá uma capacidade adicional de 1 milhão de TEU (unidade equivalente a contentor de 20 pés), elevando a capacidade total do porto para 1 milhão e 600 mil TEU.
Além do novo terminal, a APDL também vai lançar contratos para a gestão do Terminal de Carga Geral, que inclui granéis e armazenagem de produtos agroalimentares, e para o Terminal Roll-on Roll-off, com valores de 85 e 50 milhões de euros, respetivamente. Neves sublinhou que, com o plano do Governo, as administrações portuárias têm agora mais autonomia para implementar estas melhorias, o que permite uma abordagem mais local e adaptada às necessidades específicas de cada porto.
Este investimento em Leixões não só promete impulsionar a economia local, mas também reforça a posição do Porto de Leixões como um dos principais centros logísticos do país. A expansão das infraestruturas portuárias é, portanto, um passo importante para garantir a competitividade e eficiência do transporte marítimo em Portugal.
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Fonte: ECO