Mudança na liderança da AICEP gera acusações de amiguismo político

A recente exoneração de Ricardo Arroja da liderança da Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP) está a gerar polémica. Carlos Pereira, deputado do Partido Socialista (PS), acusou o Governo de ter promovido uma mudança que não se baseou em critérios objetivos, mas sim em amiguismo político. Segundo Pereira, a nova presidente, Madalena Oliveira e Silva, foi escolhida por ser uma amiga próxima do ministro da Economia, Manuel Castro Almeida.

Em declarações ao Jornal Económico, Carlos Pereira sublinhou que a saída de Arroja não se deveu a uma avaliação de desempenho, mas a uma decisão pessoal. “Percebeu-se que Arroja não foi afastado por razões objetivas ou de desempenho”, afirmou o deputado, que também fez referência à exoneração anterior de Filipe Costa, outro presidente da AICEP, que, segundo ele, também não foi baseada em critérios técnicos.

O ministro Castro Almeida justificou a exoneração de Arroja, afirmando que o cargo exige uma “grande presença física” e proximidade com as empresas. Contudo, Pereira contestou essa justificativa, argumentando que a decisão de Pedro Reis, que exonerou Filipe Costa, também não foi fundamentada em critérios de competência.

Ricardo Arroja, por sua vez, revelou que foi informado da sua exoneração por telefone, apenas duas horas após ter sido dispensado de uma reunião. Em resposta a perguntas dos deputados, Arroja destacou que, apesar da sua saída, as metas de investimento para 2024 foram superadas, com um total de 420 milhões de euros contratualizados.

Além disso, Arroja defendeu que a AICEP cresceu em termos de iniciativas e abrangência durante o seu mandato, recebendo elogios do anterior ministro da Economia e do primeiro-ministro. “O trabalho estava a ser desenvolvido com dinâmica e resultados”, afirmou, criticando ainda o modelo de financiamento da AICEP, que considera desatualizado.

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A polémica em torno da AICEP levanta questões sobre a transparência e a justiça nas decisões governamentais. A exoneração de Ricardo Arroja e a escolha de Madalena Oliveira e Silva como nova presidente da AICEP são um exemplo de como a política pode influenciar a gestão de instituições públicas. Leia também: O impacto das mudanças na liderança da AICEP no investimento externo.

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Fonte: Sapo

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