Portugal está a preparar uma nova emissão de dívida pública com maturidade a oito anos, além de reabrir uma linha de dívida com vencimento em 2054. Esta iniciativa surge num contexto de confiança nas condições do mercado, especialmente após a recente subida do rating da República pelas agências de notação Standard & Poor’s e Fitch.
O IGCP (Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público), sob a liderança de Pedro Cabeços, mandou um conjunto de bancos, tanto internacionais como nacionais, para coordenar esta emissão sindicada. A operação envolve duas tranches: a nova obrigação com vencimento em outubro de 2033 e a reabertura da obrigação existente, que tem um cupão de 3,625% e maturidade em junho de 2054. A concretização da operação está prevista para os próximos dias, dependendo das condições do mercado.
Para facilitar esta emissão, o IGCP selecionou como gestores principais o Barclays, BNP Paribas, CaixaBI, Citi, Crédit Agricole CIB e J.P. Morgan. A nova dívida pública a oito anos irá diversificar o leque de benchmarks de médio prazo da República, proporcionando maior liquidez para investidores que buscam horizontes de longo prazo. Por outro lado, a reabertura da linha a 2054, atualmente a negociar com uma yield de 4,034%, prolonga a curva da dívida a muito longo prazo, reforçando a capacidade do país em captar financiamento a prazos mais longos.
Estas operações são também uma estratégia do Tesouro para diversificar a base de investidores e equilibrar o calendário de reembolsos futuros. Este movimento é particularmente relevante num momento em que as taxas de juro na Zona Euro se mantêm em níveis elevados, mas estáveis. A emissão de dívida pública é um passo importante para garantir a solidez financeira do Estado e a confiança dos investidores.
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dívida pública dívida pública Nota: análise relacionada com dívida pública.
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Fonte: ECO