Portugal reconhece Estado da Palestina e recebe elogios

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, elogiou a decisão de Portugal de reconhecer formalmente o Estado da Palestina, considerando-a um “passo importante e necessário” para a construção de uma paz justa e duradoura. Abbas sublinhou que este reconhecimento da Palestina é fundamental para garantir o direito do povo palestiniano à autodeterminação, liberdade e independência, abrindo caminho para a implementação da solução de dois Estados.

De acordo com a agência de notícias palestiniana WAFA, Abbas destacou que a prioridade atual é alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, facilitar a entrada de ajuda humanitária e garantir a libertação dos sequestrados e prisioneiros palestinianos. O presidente da AP afirmou que é essencial que as tropas israelitas se retirem do enclave, permitindo que o Estado da Palestina assuma as suas responsabilidades.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina também expressou a sua satisfação com a decisão de Portugal, classificando-a como “um passo corajoso” que está em conformidade com o direito internacional e as resoluções da ONU. O ministério afirmou que este reconhecimento da Palestina encoraja os esforços para alcançar a paz e promover a solução de dois Estados.

Além disso, o chefe da diplomacia palestiniana apelou a outros países que ainda não reconheceram o Estado da Palestina para que tomem esta medida, sublinhando a importância de um cessar-fogo imediato e da proteção dos civis. Segundo ele, estas ações são cruciais para garantir a segurança e a estabilidade na região.

Portugal, juntamente com o Reino Unido, Canadá e Austrália, formalizou o reconhecimento da Palestina num contexto de crescente pressão diplomática para avançar com a solução de dois Estados, numa situação marcada por décadas de impasse nas negociações de paz. Israel, por sua vez, rejeitou este reconhecimento, argumentando que representa uma “enorme recompensa ao terrorismo”. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que não haverá um Estado palestiniano.

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O movimento Hamas considerou o reconhecimento da Palestina uma “vitória” para os direitos dos palestinianos. Países como a Arábia Saudita e o Qatar também saudaram a decisão de Portugal e dos outros países.

A Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, que decorre em Nova Iorque no âmbito da 80.ª Assembleia-Geral da ONU, é um espaço onde se espera que vários países reconheçam o Estado palestiniano. Até ao momento, quase 150 países em todo o mundo já reconheceram a Palestina.

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Fonte: Sapo

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