Tribunal adia discussão sobre insolvência da Trust in News

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste decidiu adiar a assembleia de credores da Trust in News (TiN), proprietária da revista Visão, para o dia 1 de outubro. A reunião, que tinha como objetivo discutir a liquidação da empresa, foi suspensa sem qualquer votação, devido à apresentação de novas propostas que requerem avaliação.

Um grupo de jornalistas da Visão, incluindo o diretor, propôs que a assembleia de credores iniciasse o processo de venda da revista de forma separada. Esta proposta visa garantir a continuidade da publicação e a preservação dos postos de trabalho, uma vez que a revista mantém uma tiragem média de cerca de 15 mil exemplares. Segundo o documento enviado ao tribunal, a venda da Visão, isoladamente do restante património da massa insolvente, poderá ser viável economicamente.

Os trabalhadores da revista argumentam que a alienação separada da Visão é vantajosa e deve ser feita ao grupo de jornalistas que, apesar das dificuldades financeiras, têm mantido a publicação. A proposta de venda separada é considerada uma solução que pode assegurar liquidez imediata para a massa insolvente, evitando a desvalorização do ativo em caso de leilão ou venda forçada.

O valor base para a venda da revista está fixado em 40.000 euros, podendo ser ajustado após avaliação por um perito independente. A modalidade de venda preferida é a negociação particular, mas também poderá ocorrer uma licitação entre interessados. O pagamento será feito com um sinal de 20% no ato da assinatura e o restante no prazo máximo de 30 dias.

A assembleia de credores tinha como objetivo discutir a tramitação associada à liquidação do património da TiN e a possibilidade de um plano de recuperação que permita a continuidade da atividade da empresa. O tribunal também aceitou o recurso interposto pela TiN em relação ao despacho de homologação do plano de insolvência.

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Fundada em 2017, a Trust in News é proprietária de 16 órgãos de comunicação social, tanto em formato impresso como digital, incluindo títulos como Exame, Caras e Telenovelas. A situação da empresa e a proposta de venda da Visão são temas que continuarão a ser acompanhados de perto.

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Fonte: ECO

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