EUA e China: congressista destaca falta de comunicação eficaz

Os Estados Unidos e a China continuam a “falar um para o outro sem se ouvirem”, afirmou Adam Smith, congressista que lidera uma delegação bipartidária da Câmara dos Representantes norte-americana durante uma visita a Pequim. Esta é a primeira visita de membros da câmara baixa dos EUA à China desde 2019, num contexto de tensões crescentes entre os dois países, especialmente em áreas como comércio, tecnologia e conflitos internacionais.

Adam Smith, membro do Comité das Forças Armadas da Câmara, sublinhou que o principal objetivo da visita é aumentar o diálogo entre as duas nações. “É preciso começar por dizer: ‘Esta é a minha posição, qual é a tua?’ E nem sequer chegámos a esse ponto. Continuamos a falar um para o outro sem verdadeira comunicação”, destacou o congressista. Esta falta de comunicação eficaz entre os EUA e China é uma preocupação crescente, especialmente à medida que as relações se deterioram.

Durante a visita, a delegação norte-americana expressou a necessidade de Pequim tomar medidas concretas para conter o fluxo de fentanil para os EUA. Além disso, manifestaram preocupação com as restrições que a China impõe ao fornecimento global de terras raras, um recurso crucial para várias indústrias. Smith também alertou para a crescente proximidade operacional entre os exércitos dos dois países, referindo que “temos visto os nossos navios e aviões, e os deles, a aproximarem-se perigosamente”.

Em outubro de 2023, um incidente notável ocorreu quando um caça chinês se aproximou a menos de três metros de um bombardeiro norte-americano no mar do Sul da China. Este tipo de situações realça a necessidade urgente de um diálogo mais eficaz entre os EUA e a China. “Muitas coisas que parecem impossíveis tornam-se viáveis quando se começa a conversar com o objetivo de resolver”, concluiu Smith.

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A delegação norte-americana teve reuniões com altos funcionários chineses, incluindo o ministro da Defesa, Dong Jun, e o vice-primeiro-ministro, He Lifeng. O primeiro-ministro Li Qiang também se encontrou com a delegação no domingo. As comunicações militares entre os EUA e a China estiveram suspensas por mais de um ano, após a visita da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a Taiwan em agosto de 2022, o que irritou Pequim.

O diálogo foi retomado em novembro de 2023, após um encontro entre o Presidente da China, Xi Jinping, e o então presidente dos EUA, Joe Biden. Contudo, a regularidade dos contactos militares permanece incerta. Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que se encontrará com Xi Jinping numa cimeira regional na Coreia do Sul, no final de outubro, e que planeia visitar a China no início do próximo ano.

A delegação que se encontra na China até quinta-feira inclui ainda Michael Baumgartner, republicano do Comité de Negócios Estrangeiros, e os democratas Ro Khanna e Chrissy Houlahan, ambos do Comité das Forças Armadas. A situação atual entre os EUA e China exige um esforço conjunto para estabelecer um canal de comunicação eficaz e evitar mal-entendidos que possam agravar ainda mais as tensões.

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EUA e China EUA e China EUA e China Nota: análise relacionada com EUA e China.

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Fonte: Sapo

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