Mais de metade das viagens curtas em Coimbra são de carro

Um recente estudo sobre a mobilidade em Coimbra revelou que mais de metade das viagens de curta distância, ou seja, aquelas com menos de quatro quilómetros, são realizadas de carro. O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS), apresentado na Câmara Municipal durante a Semana Europeia da Mobilidade, indica que 57% das cerca de 104 mil viagens diárias são feitas em automóvel. Apenas 19% das deslocações são realizadas de autocarro e 17% a pé, evidenciando um significativo potencial para a transição de transporte individual para modos ativos, como caminhar ou andar de bicicleta.

O PMUS, adjudicado em março de 2024 a um consórcio de empresas, incluiu um inquérito e um diagnóstico detalhado da mobilidade no concelho, estabelecendo objetivos até 2035. De acordo com os dados apresentados, o transporte individual representa 74,9% das deslocações totais dos residentes de Coimbra, enquanto o transporte coletivo e a mobilidade pedonal correspondem a 12% e 11%, respetivamente.

A elevada utilização do carro tem gerado problemas de estacionamento ilegal, com a procura total de lugares a exceder a oferta em 134,8%. Esta discrepância resulta em situações em que o estacionamento não autorizado ultrapassa os 50% em algumas áreas da cidade.

O estudo também revelou que diariamente se registam 17.713 movimentos pendulares de entrada em Coimbra, com os municípios de Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho a destacarem-se como os principais pontos de origem. Em média, dois terços da população residente realiza duas viagens diárias. O uso de transporte individual é superior a 65% em quase todas as freguesias, exceto na União de Freguesias de Coimbra, onde a quota é de 42%. Nesta área, 22% das viagens são feitas a pé, tornando-se a única freguesia com mais de um quinto das deslocações a utilizar modos ativos.

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O PMUS também identificou que 87% do município está coberto pela rede de transporte público, embora existam 11 localidades com mais de 40 habitantes que não têm acesso a este serviço, principalmente em áreas rurais e periféricas. Além disso, o plano destacou vários obstáculos ao uso do transporte pedonal, como a falta de passeios adequados e a presença de estacionamento ilegal.

Entre as metas estabelecidas até 2035, o PMUS pretende aumentar a quota de modos ativos de transporte (a pé e de bicicleta) de 13,5% para 20%, enquanto o uso de transporte público deve passar de 12,6% para 24,9%. Em contrapartida, o objetivo é reduzir a quota de transporte individual para 59,2%.

Para alcançar estes objetivos, o plano sugere a criação de zonas de baixas emissões, a elaboração de estratégias para os principais polos de deslocação, a densificação da rede de transportes públicos, a ordenação e fiscalização do estacionamento, bem como a construção de mais parques de estacionamento. Além disso, propõe-se a expansão da rede ciclável, a implementação de incentivos para a utilização de bicicletas elétricas e a melhoria da infraestrutura pedonal.

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Fonte: ECO

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