A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou hoje que será implementado até ao final deste ano um novo regime de convenções para a atribuição de médicos de família aos utentes. Esta medida visa alargar a cobertura da medicina geral e familiar, uma necessidade crescente no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Durante a sua intervenção na comissão parlamentar de Saúde, a governante destacou que este novo regime de convenções representa uma “outra forma” de garantir que mais cidadãos tenham acesso a um médico de família. “Até final do ano, será iniciado um novo regime de convenções com médicos de família para dar resposta a quem ainda não tem médico de família”, afirmou Ana Paula Martins.
A ministra sublinhou que, além das futuras unidades de modelo C, que serão geridas por entidades do setor social e privado, o novo regime de convenções é uma resposta essencial para alargar a cobertura de cuidados de saúde primários. “Ainda temos muito a fazer nos cuidados de saúde primários para que sejam efetivamente a porta de entrada no SNS”, reconheceu.
Atualmente, a taxa de cobertura de utentes com médicos de família é de 85,7%, um valor que contraria a tendência de diminuição observada nos últimos quatro anos. Entre abril de 2024 e agosto de 2025, mais de 326 mil utentes conseguiram acesso a médicos de família, segundo a ministra.
Ana Paula Martins também destacou o impacto das alterações demográficas nos últimos sete anos, com a população estrangeira residente em Portugal a quase quadruplicar. O número de inscritos e utilizadores do SNS aumentou de 405 mil em 2017 para mais de 944 mil em 2024, refletindo a crescente procura por cuidados de saúde.
A implementação deste novo regime de convenções para médicos de família é, portanto, uma medida crucial para responder às necessidades da população e garantir que todos tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam. Leia também: O impacto da demografia na saúde em Portugal.
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Fonte: Sapo