A importância da formação contínua para o futuro dos jovens

A entrada dos jovens na faculdade é um momento marcante, mas também um desafio repleto de exigências. Todos os anos, os estudantes lutam por notas elevadas para garantir a sua entrada nas universidades. A satisfação é evidente tanto para os alunos como para os pais, mas é importante refletir sobre o contexto. Para cursos como medicina e engenharia, a média necessária ultrapassa os dezoito valores, enquanto em áreas como economia e gestão, os requisitos são semelhantes. Contudo, é alarmante que cerca de 30% dos alunos abandonem a universidade antes de concluir o curso, e apenas 46% conseguem terminar em quatro anos.

Ter uma média superior a dezoito valores deveria ser uma exceção, mas parece que a nossa juventude está repleta de talentos, tornando Portugal num verdadeiro caso de estudo. No entanto, as universidades frequentemente confrontam os alunos com a dura realidade do estudo académico, que contrasta com um ensino secundário que, por vezes, parece facilitar a obtenção de notas. Este sistema pode criar uma falsa sensação de mérito, que não reflete a verdadeira capacidade dos estudantes.

Recordo uma conversa com uma amiga que se orgulhava de que apenas os alunos excepcionais conseguiam entrar em medicina, com médias a rondar os dezenove valores. Na minha experiência como gestor, sempre apontei que o que realmente importa, se estivermos doentes, é o 1 valor que pode fazer a diferença, ou seja, 5%. Este modelo de avaliação pode levar a uma arrogância no conhecimento, que se revela vazia após a conclusão do curso. Muitos acreditam que já possuem toda a formação necessária, desvalorizando a importância da formação contínua.

Este é um dos grandes problemas que enfrentamos em Portugal: a falta de investimento em formação. Frequentemente, justificamos a ausência de formação contínua com a falta de tempo ou a ideia de que não precisamos aprender mais. No entanto, essa mentalidade pode ser prejudicial, especialmente na gestão das empresas. Acreditar que não temos nada a aprender com os outros é um erro que pode fechar as portas à inovação e ao desenvolvimento.

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As empresas investem em tecnologia e digitalização, mas esquecem-se de que as pessoas são o verdadeiro motor da inovação. Sem uma equipa bem formada e disposta a aprender, o crescimento torna-se difícil. A humildade e a busca constante por conhecimento são fundamentais para o sucesso. É a insatisfação com o que sabemos que nos leva a questionar e a procurar respostas. Sem isso, corremos o risco de nos faltar aquele 1 valor que pode mudar não apenas a nossa empresa, mas também o mundo.

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Fonte: Sapo

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