Guterres pede novos planos climáticos até 2035 para ação eficaz

António Guterres, secretário-geral da ONU, defendeu a importância do Acordo de Paris, celebrado há quase uma década, e solicitou a elaboração de novos planos até 2035 que avancem na luta contra as alterações climáticas. Durante um evento de alto nível sobre ação climática em Nova Iorque, Guterres sublinhou que, nos últimos dez anos, a previsão de aumento da temperatura global diminuiu de quatro graus Celsius para menos de três, caso as atuais contribuições nacionalmente determinadas sejam plenamente implementadas.

“Precisamos de novos planos para 2035 que sejam mais ambiciosos e que promovam cortes drásticos nas emissões, alinhados com o limite de 1,5 graus. É essencial abranger todas as emissões e setores, acelerando uma transição energética justa a nível global”, afirmou Guterres. O líder da ONU enfatizou que os novos planos podem representar um avanço significativo na luta contra as alterações climáticas.

Como exemplos de progresso, Guterres destacou que a China conseguiu atingir a sua meta de energia eólica e solar para 2030 seis anos antes do previsto, enquanto a Índia alcançou 50% da capacidade de geração de eletricidade a partir de fontes não fósseis cinco anos antes do prazo estabelecido. Estes exemplos demonstram que é possível alcançar metas ambiciosas, reforçando a eficácia do Acordo de Paris.

Guterres, que tem a ação climática como uma das prioridades do seu mandato, apelou para que a 30.ª Conferência do Clima da ONU (COP30) no Brasil resulte num plano de resposta global fiável, que coloque a humanidade no caminho certo. Ele identificou cinco áreas cruciais para a ação climática: a energia, o metano, as florestas, a indústria pesada e a justiça climática.

O ex-primeiro-ministro português também defendeu que a COP30 deve traçar um caminho para mobilizar 1,3 triliões de dólares anuais (cerca de 1,11 biliões de euros) em financiamento climático até 2035, conforme acordado na COP29 em Baku, no Azerbaijão. Neste mesmo evento, a China, a maior nação poluidora de carbono do mundo, anunciou uma nova meta de redução de emissões entre 7% e 10% até 2035.

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No discurso em vídeo, o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a segunda maior economia do mundo, que tem enfrentado um aumento significativo na poluição de carbono, irá finalmente reduzir as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global e para as condições climáticas extremas.

Leia também: O impacto das políticas climáticas na economia global.

Acordo de Paris Acordo de Paris Acordo de Paris Nota: análise relacionada com Acordo de Paris.

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Fonte: Sapo

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