Literacia financeira: programa “Finanças para Todos” expande-se

Miguel Ferreira, Vice-Diretor da Nova SBE, tem-se dedicado à literacia financeira, um tema crucial para o bem-estar económico dos cidadãos. Recentemente, o programa “Finanças para Todos”, que já beneficiou cerca de 6 mil pessoas, recebeu uma bolsa da União Europeia para expandir a sua atuação e atingir um público ainda maior, com a ambição de alcançar 50 mil participantes.

A literacia financeira é essencial para que os cidadãos tomem decisões informadas em áreas como orçamento familiar, poupança e investimentos. Ferreira sublinha que, apesar do progresso nas gerações mais novas, ainda há um défice significativo entre a população mais velha, que se torna mais vulnerável com a digitalização dos serviços financeiros. O programa visa, portanto, colmatar essa lacuna, especialmente nas pequenas e médias empresas (PME) e nas regiões do interior do país.

Os dados são preocupantes: segundo estudos recentes, cerca de 40% dos portugueses não possuem conhecimentos financeiros básicos, como a compreensão da inflação ou a importância da diversificação de investimentos. Ferreira destaca que a literacia financeira em Portugal está aquém da média europeia, e a falta de educação financeira pode ter consequências graves para o bem-estar da população.

O programa “Finanças para Todos” oferece um curso gratuito de cerca de 10 horas, focado em adultos, e tem sido bem recebido, com uma procura que supera a capacidade de resposta. Ferreira acredita que a literacia financeira não é apenas uma questão individual, mas uma responsabilidade coletiva que pode contribuir para a estabilidade económica do país. “Pessoas mais informadas são mais exigentes e capazes de entender decisões políticas que afetam as suas vidas”, afirma.

Com o novo financiamento da Comissão Europeia, o objetivo é levar a literacia financeira a mais pessoas, especialmente aquelas que enfrentam maiores dificuldades. O programa pretende formar 48 mil pessoas nos próximos cinco anos, envolvendo cerca de 6.500 empresas. Ferreira acredita que, ao melhorar a literacia financeira, não só se aumenta a qualidade de vida dos cidadãos, mas também se promove um desenvolvimento económico mais robusto.

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Fonte: ECO

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