O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu analistas ao afirmar que acredita que a Ucrânia pode recuperar todas as suas terras ocupadas pela Rússia. Durante uma declaração nas redes sociais, Trump sublinhou que este é o momento para Kiev agir, uma vez que Moscovo enfrenta “grandes” problemas económicos. No entanto, esta mudança de retórica não foi acompanhada por uma alteração na política dos EUA em relação à Rússia, uma vez que Trump não fez menção a novas sanções.
Após um encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, Trump afirmou que “Putin e a Rússia estão com grandes problemas económicos” e que a Ucrânia, com o apoio da União Europeia, está em posição de lutar e recuperar todo o seu território, incluindo a península da Crimeia, que está sob controlo russo desde 2014. Esta posição contrasta com declarações anteriores de Trump, em que sugeria que a Ucrânia deveria considerar ceder território para alcançar a paz.
A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, elogiou as novas declarações de Trump, considerando-as “muito fortes” e um sinal de entendimento comum. Por sua vez, Zelensky descreveu a reunião como “boa e construtiva”, destacando que as posições da Ucrânia e dos EUA estão agora “mais próximas que nunca”.
Apesar das novas declarações, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reiterou que Washington ainda espera uma resolução pacífica para o conflito. “Esta guerra precisa de acabar. Mas se isso não acontecer, os Estados Unidos e o presidente Donald Trump tomarão as medidas necessárias para impor custos à agressão contínua”, afirmou Rubio.
No seu discurso na Assembleia Geral, Trump também mencionou que está preparado para implementar medidas económicas severas caso a Rússia não cesse as hostilidades. Além disso, criticou alguns aliados europeus por continuarem a comprar petróleo russo, o que, segundo ele, compromete os esforços de sanções.
A mudança na retórica de Trump sobre a Ucrânia levanta questões sobre a sua estratégia futura e o impacto que poderá ter nas relações entre os EUA e a Rússia. Leia também: as implicações económicas da guerra na Ucrânia.
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Fonte: Sapo