A banca portuguesa manifestou a sua disponibilidade para colaborar com o Governo na implementação de políticas públicas relacionadas com a habitação jovem. Esta afirmação surge após a aprovação de um reforço de 350 milhões de euros na garantia pública destinada à compra de casa por jovens até aos 35 anos.
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) reiterou que está sempre pronta para trabalhar em conjunto com o Governo e o parlamento. A APB afirmou que pode oferecer pareceres e opiniões sobre as propostas apresentadas, bem como sugerir melhorias ao enquadramento legal e regulatório. Esta colaboração é vista como essencial para o desenvolvimento de políticas que visem apoiar a habitação jovem.
O recente despacho, assinado pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, estabelece que o montante total da garantia pública para a compra de casa por jovens foi elevado para 1.550 milhões de euros. Este aumento é uma resposta à necessidade crescente de apoio à habitação jovem, permitindo que o Estado garanta até 15% do valor da transação em contratos de crédito à habitação assinados até ao final de 2026.
Além do reforço geral, o despacho também autorizou o Banco BPI a solicitar um acréscimo de 100 milhões de euros ao montante que lhe havia sido atribuído. De igual forma, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra pediu um montante adicional de 1,8 milhões de euros. Este movimento demonstra a proatividade dos bancos em se adaptarem às novas exigências do mercado e às necessidades dos jovens compradores.
A garantia pública para o crédito à habitação jovem é uma medida importante, pois visa facilitar o acesso à casa própria para uma faixa etária que enfrenta dificuldades financeiras. O Governo estabeleceu um montante máximo de 1.200 milhões de euros para esta garantia, distribuindo quotas a cada banco, mas deixou em aberto a possibilidade de reforço caso os valores sejam esgotados.
A colaboração entre a banca e o Governo é, portanto, fundamental para assegurar que as políticas de habitação jovem sejam eficazes e atinjam os objetivos pretendidos. Com a banca disposta a colaborar, espera-se que as medidas implementadas possam realmente fazer a diferença na vida dos jovens em Portugal.
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Fonte: Sapo