A banca portuguesa continua a mostrar resultados positivos, alcançando a sétima maior rentabilidade dos capitais próprios entre 30 países europeus no segundo trimestre deste ano. De acordo com dados da Autoridade Bancária Europeia (EBA), a rentabilidade da banca portuguesa situou-se em 17,2% em junho, um aumento em relação aos 15,6% registados em março, embora ligeiramente abaixo dos 18% alcançados em junho de 2024.
No panorama europeu, a banca de outros países superou a rentabilidade da banca portuguesa. Os sistemas bancários da Polónia, Roménia, Lituânia, Bulgária, Croácia e Hungria apresentaram resultados superiores, com a Polónia a liderar com 19,2%, seguida pela Roménia com 18,6%, e tanto a Lituânia como a Bulgária com 18% cada. A Croácia e a Hungria também se destacaram, com rentabilidades de 17,9% e 17,7%, respetivamente.
A média de rentabilidade dos 30 países analisados pela EBA foi de 10,7%, o que coloca a banca portuguesa em uma posição bastante competitiva no contexto europeu. Este desempenho reflete a resiliência e a capacidade de adaptação do setor bancário em Portugal, que tem conseguido manter uma rentabilidade sólida mesmo em tempos de incerteza económica.
Além disso, os dados da EBA revelam uma melhoria na qualidade dos ativos da banca portuguesa. O crédito malparado, que representa os empréstimos em incumprimento, caiu para 2,1% dos empréstimos totais em junho, comparado com 2,2% em março e 2,4% no mesmo mês do ano anterior. Esta tendência de redução do crédito malparado é um sinal positivo para a saúde financeira das instituições bancárias em Portugal.
Em suma, a banca portuguesa não só se destaca pela sua rentabilidade, mas também pela melhoria na qualidade dos seus ativos. Estes indicadores são fundamentais para a confiança dos investidores e para a estabilidade do sistema financeiro nacional. Leia também: o impacto das taxas de juro na rentabilidade dos bancos.
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Fonte: Sapo
