Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, o Partido Socialista (PS) destaca-se como a força política que mais investe na sua campanha, com um orçamento total de 6,2 milhões de euros. Este valor ultrapassa a soma dos orçamentos do PSD e do Chega, que juntos totalizam 5,8 milhões de euros. O PSD, sozinho ou em coligação com outros partidos, como o CDS e a Iniciativa Liberal, apresenta um orçamento de 4,2 milhões, enquanto o Chega investe 1,6 milhões.
Os dados foram divulgados pela Rádio Renascença, que teve acesso aos documentos entregues à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP). Em 30 dos 50 concelhos mais populosos do país, o PS será a força mais gastadora, tanto em candidaturas individuais como em coligações.
Um exemplo notável é o movimento “Inovar Oeiras”, liderado por Isaltino Morais e apoiado pelo PSD, que planeia gastar 376.200 euros na sua campanha. Este valor é significativamente superior ao orçamento de 2021, que foi de 285 mil euros, e quase dez vezes maior do que o orçamento do PS em Oeiras, que se cifra em 40 mil euros.
Em Lisboa, a candidatura da frente de esquerda, liderada por Alexandra Leitão, tem um orçamento de cerca de 375 mil euros, tornando-se a segunda maior candidatura nas autárquicas. Este montante é mais de 100 mil euros superior ao orçamento da coligação liderada por Carlos Moedas, que se fixa em 235 mil euros. No Porto, a situação é semelhante, com a candidatura do PS, liderada por Manuel Pizarro, a apresentar um orçamento de 226 mil euros, ligeiramente acima dos 210 mil euros da coligação do PSD, CDS e Iniciativa Liberal, encabeçada por Pedro Duarte.
O Chega, por sua vez, apresenta os seus orçamentos mais elevados nas candidaturas de Lisboa e Porto, com 75 mil euros para a candidatura de Bruno Mascarenhas e Miguel Corte-Real, respetivamente. Estes números refletem a crescente competitividade nas eleições autárquicas e a importância do investimento em campanhas políticas.
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Fonte: ECO
