Accenture vai despedir trabalhadores sem requalificação para IA

A Accenture, uma das principais consultoras globais, anunciou que irá despedir trabalhadores que não consigam ser requalificados para a era da inteligência artificial (IA). A CEO da empresa, Julie Sweet, revelou que, após uma redução de mais de 11 mil postos de trabalho nos últimos três meses, a empresa está a tomar medidas adicionais para garantir que a sua força de trabalho se adapta às novas exigências do mercado.

“Estamos a afastar, num prazo reduzido, as pessoas para as quais, com base na nossa experiência, a requalificação não é um caminho viável para as competências que precisamos”, afirmou Julie Sweet durante uma chamada com analistas. Esta decisão surge no contexto de um programa de reestruturação que a Accenture anunciou recentemente, avaliado em 865 milhões de dólares, o que equivale a cerca de 740,5 milhões de euros.

A Accenture enfrenta um cenário desafiador, com uma previsão de abrandamento das receitas entre 2% a 5% para o próximo ano fiscal. Este abrandamento é atribuído à procura ainda fraca por serviços de consultoria e à diminuição dos gastos do Governo dos EUA, que historicamente representa cerca de 8% da receita da empresa. No final de agosto, a Accenture contava com 779.000 colaboradores, uma diminuição em relação aos 791.000 do trimestre anterior.

Os custos associados aos despedimentos, incluindo indemnizações, totalizaram 615 milhões de dólares no último trimestre, e a empresa prevê que esses custos aumentem em mais 250 milhões de dólares no trimestre atual. Apesar destes desafios, a Accenture mantém a meta de expandir as suas margens de lucro operacional em pelo menos 10 pontos base no próximo ano fiscal.

As receitas da empresa cresceram 7% no último ano, atingindo 69,7 mil milhões de dólares, com um lucro de 7,83 mil milhões de dólares, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. A Accenture também destacou que os projetos de IA generativa representaram 5,1 mil milhões de dólares das suas novas reservas, um aumento significativo em comparação com os três mil milhões do ano anterior.

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Julie Sweet assegurou que a Accenture está a investir na requalificação dos seus trabalhadores, que é considerada a principal estratégia da empresa. “Estamos a trabalhar para que o número de funcionários volte a crescer no próximo ano”, afirmou. A requalificação para IA é, assim, uma prioridade para a Accenture, que procura adaptar-se às novas realidades do mercado de trabalho.

Leia também: O impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho.

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Fonte: ECO

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