Campanha apaga luzes no Estádio da Luz por doenças cardiovasculares

Na próxima sexta-feira, metade das luzes do Estádio da Luz, em Lisboa, apagar-se-á para recordar as mais de 30 mil mortes anuais atribuídas a doenças cardiovasculares em Portugal. Esta iniciativa faz parte da campanha “Mantém o teu coração aceso”, promovida pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) em colaboração com a Direção-Geral da Saúde. O objetivo é sensibilizar a população para a gravidade das doenças cardiovasculares e a sua relação com a qualidade de vida.

Cristina Gavina, presidente da SPC, sublinha que a doença cardiovascular é a principal causa de morte no país, afetando especialmente as mulheres. “É importante perceber que muitos destes óbitos são considerados mortalidade prematura”, afirma. O aumento da idade é um fator de risco, mas a mortalidade antes dos 65 anos é dominada por estas doenças, afetando pessoas que ainda têm muito para viver.

A campanha visa mostrar que, todos os anos, 33 mil corações se apagam devido a doenças cardiovasculares, sendo que 80% dos casos podem ser prevenidos. “Se tivéssemos tomado medidas ao longo da nossa vida, isto não estaria a acontecer”, acrescenta Gavina, destacando a importância de conhecer os fatores de risco.

Além do apagão das luzes, será exibido um vídeo sobre a importância da prevenção e distribuídos vouchers para rastreios gratuitos, permitindo que os cidadãos conheçam os seus “três números mágicos”: tensão arterial, glicemia e colesterol. Estas informações ajudarão a estimar o risco cardiovascular através do site da campanha.

A SPC planeia levar a campanha a um estádio de futebol em cada dia da 7ª jornada da Liga Portugal. Gavina alerta que fatores como hipertensão, diabetes e colesterol alto são modificáveis, desde que sejam identificados. “Se não conhecemos os números, não vamos monitorizar”, afirma.

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Um estudo recente revelou que mais de 700 mil portugueses com mais de 50 anos vivem com insuficiência cardíaca, e a maioria desconhece a sua condição. A presidente da SPC reconhece a dificuldade de acesso a rastreios, especialmente para os 1,5 milhões de pessoas sem médico de família, mas incentiva a participação em campanhas como esta.

“É recomendado que as pessoas a partir dos 40 anos façam rastreios, mas a cobertura é insuficiente”, lamenta. A especialista lembra que muitos acreditam que as doenças cardiovasculares surgem apenas na velhice, o que não é verdade. Casos trágicos, como o do ex-jogador Jorge Costa, evidenciam que estas condições podem afetar pessoas mais jovens.

Gavina reforça que a prevenção deve ser uma responsabilidade individual. “As pessoas precisam de compreender que têm um papel ativo na sua saúde. Conhecer o seu risco é fundamental”, conclui. A campanha, que se prolongará até ao final do ano, coincide com o Dia Mundial do Coração, que se celebra na próxima segunda-feira.

Leia também: A importância da alimentação saudável na prevenção de doenças.

doenças cardiovasculares Nota: análise relacionada com doenças cardiovasculares.

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Fonte: ECO

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