O deputado do Chega, Pedro Frazão, apresentou uma queixa formal à Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, relatando ter sido alvo de ameaças por parte do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares. A queixa foi feita na sequência de um incidente ocorrido durante uma sessão plenária da Assembleia da República, no passado dia 17 de setembro.
No documento divulgado pelo Chega, Frazão descreve que, durante a reunião, Hugo Soares, embora com o microfone desligado, fez comentários audíveis para toda a câmara, questionando: “Vais-me bater na minha casa?” e afirmando: “Eu dou-te pancada! Eu dou-te porrada! Queres?”. O deputado do Chega sublinha que, após essas afirmações, Soares tentou chamar a sua atenção através do telefone, desafiando-o a resolver a situação “lá fora”.
Pedro Frazão pediu à Comissão de Transparência, presidida por Rui Paulo Sousa, que seja instaurado um inquérito para investigar as alegadas ameaças. O deputado também mencionou que o presidente da Assembleia da República tentou intervir, mas que Soares insistiu em que Frazão não queria discutir o assunto fora da sala.
Esta queixa surge num contexto de crescente tensão no Parlamento, onde, no mesmo dia, o presidente da Assembleia solicitou um inquérito por possíveis “irregularidades graves” relacionadas com Filipe Melo, do Chega. A deputada do PS, Isabel Moreira, acusou Melo de ter feito gestos inapropriados durante uma sessão, o que levou a uma condenação pública por parte de outros deputados.
Além disso, Pedro Frazão foi repreendido por ter chamado “sonso” ao deputado Rui Tavares, do Livre, durante um debate acalorado, o que resultou em advertências do presidente do parlamento.
André Ventura, líder do Chega, defendeu Filipe Melo, afirmando que este garantiu que a sua interação foi com Rui Tavares e não com Isabel Moreira. Ventura pediu que um inquérito seja aberto para investigar as alegações de Frazão sobre as ameaças de Hugo Soares, considerando-as graves e dignas de atenção.
O clima no Parlamento tem estado tenso, com várias queixas e incidentes que levantam questões sobre a conduta dos deputados. A situação atual reflete a necessidade de um ambiente mais respeitoso e civilizado nas discussões políticas. Leia também: “Tensões no Parlamento: o que está em jogo?”.
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Fonte: ECO
