David Zervos, um conhecido analista de mercado, expressou preocupações sobre o impacto do crescimento da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho. Segundo Zervos, o Federal Reserve (Fed) está a ignorar os efeitos potenciais que a revolução da IA pode ter na economia e no emprego.
O crescimento da IA tem sido descrito como “espetacular”, mas Zervos alerta que essa evolução tecnológica pode criar desafios significativos para o mercado laboral. A automação e as novas tecnologias estão a transformar a forma como as empresas operam, levando a uma possível redução de postos de trabalho em diversos sectores.
Zervos argumenta que o Fed deve prestar atenção a estas mudanças e considerar como o crescimento da IA pode influenciar a inflação e as taxas de desemprego. A rápida adoção de tecnologias de IA pode resultar em uma discrepância entre as competências exigidas pelas empresas e as habilidades que os trabalhadores possuem atualmente. Esta situação pode agravar a desigualdade no mercado de trabalho, com alguns trabalhadores a serem deixados para trás.
Além disso, o analista sublinha que a falta de uma estratégia clara para lidar com o crescimento da IA pode levar a uma instabilidade económica a longo prazo. As políticas monetárias e fiscais do Fed podem não ser suficientes para mitigar os efeitos adversos da automação, se não forem acompanhadas de iniciativas que promovam a formação e a requalificação dos trabalhadores.
A crescente preocupação em torno do crescimento da IA e do seu impacto no emprego é um tema que merece atenção. As empresas e os governos devem colaborar para garantir que a transição para um mercado de trabalho mais automatizado seja feita de forma justa e equitativa.
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O crescimento da IA é uma realidade que não pode ser ignorada. A forma como as instituições e a sociedade em geral respondem a estas mudanças determinará o futuro do emprego e da economia. É fundamental que se desenvolvam estratégias que preparem os trabalhadores para as novas exigências do mercado.
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Fonte: CNBC