O Governo da Ucrânia está a preparar-se para aumentar a produção de defesa e iniciar a exportação de armas de fabrico nacional. Esta informação foi divulgada pelo Presidente Volodymyr Zelensky, que anunciou que já estão em curso acordos com quatro países para estabelecer plataformas de exportação.
Zelensky partilhou a novidade nas redes sociais, numa mensagem que fez um balanço da sua participação na 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. O Presidente ucraniano esclareceu que as exportações de armas se concentrarão apenas naquelas que não estão em falta para as Forças Armadas Ucranianas. Os destinos prioritários incluem países da Europa, do Médio Oriente, bem como algumas nações africanas e os Estados Unidos.
O líder ucraniano destacou que, nas áreas onde a produção é mais robusta, a Ucrânia poderá exportar o excedente e gerar receitas que serão reinvestidas em equipamentos que estão em falta, como drones e intercetores. “Isto permitirá que possamos investir em bens essenciais, uma vez que não temos dinheiro suficiente para todas as necessidades”, afirmou Zelensky.
Contudo, o Presidente também reconheceu que o setor empresarial gostaria de ver uma liberalização das exportações de armas. “As exportações de armas serão controladas até ao fim da guerra”, sublinhou, enfatizando que a prioridade continua a ser o fortalecimento das Forças Armadas Ucranianas.
Durante a semana de alto nível da ONU, a Ucrânia participou em mais de 40 reuniões com aliados e países amigos, atraindo um número recorde de participantes. Zelensky também mencionou acordos significativos alcançados em encontros com líderes internacionais, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foram descritos como “muito produtivos”.
Além disso, o Presidente ucraniano referiu que existem “sinais positivos” por parte dos parceiros da Ucrânia sobre a possibilidade de utilizar fundos russos congelados para a defesa e reconstrução do país, uma medida que a Alemanha, por exemplo, já começou a considerar.
Zelensky reiterou a importância de aumentar a pressão sobre a Rússia para que a guerra chegue ao fim. A exportação de armas de fabrico nacional poderá ser uma peça chave neste esforço, permitindo à Ucrânia não só fortalecer a sua defesa, mas também contribuir para a sua recuperação económica.
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Fonte: Sapo