Ana Figueiredo, CEO da Meo, afirmou em entrevista à Lusa que a consolidação no setor das telecomunicações, tanto a nível europeu como nacional, é inevitável. A responsável sublinhou que o programa de saídas voluntárias da Meo ainda está em andamento e que a empresa tem como meta duplicar a receita não relacionada com telecomunicações nos próximos três anos.
A CEO destacou que, em Portugal, existem cerca de quatro operadores para uma população de aproximadamente 10 milhões de habitantes. Em comparação, os Estados Unidos têm apenas três operadores para uma população significativamente maior. Figueiredo argumentou que a consolidação é necessária, pois “em tecnologia, a escala é tudo”. Ela exemplificou com os grandes players tecnológicos globais, que operam em várias geografias e não se limitam a um único mercado.
A CEO da Meo defendeu que Portugal deve adotar uma política industrial robusta para garantir a sua soberania digital, especialmente num contexto internacional em que o país pode ficar mais exposto a diferentes blocos. A soberania digital e a soberania energética são, segundo Figueiredo, duas revoluções que estão a ocorrer simultaneamente e que são cruciais para a economia nacional.
Em relação ao programa de saídas voluntárias, Figueiredo não revelou números, mas explicou que o objetivo é renovar as competências da empresa. Este programa visa trazer novas competências e preparar a Meo para os desafios futuros. A CEO afirmou que a empresa está a recrutar jovens talentos nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, com a entrada recente de 24 estagiários e 50 ex-estagiários nos quadros da empresa.
A Meo é um operador integrado, oferecendo uma vasta gama de infraestruturas, incluindo satélites, data centres e redes de fibra ótica. A diversificação da receita é uma prioridade, com um foco particular no segmento B2B, combinando conectividade com tecnologias de informação e segurança digital. Além disso, a empresa tem inovado no setor de consumo, com serviços como a Meo Energia e a Labs, que exporta tecnologia portuguesa para outros países.
Figueiredo reafirmou a ambição da Meo de continuar a crescer e liderar o mercado, com o objetivo de duplicar a receita não telco nos próximos três anos. Ela acredita que a empresa está bem posicionada para enfrentar os desafios emergentes, como a inteligência artificial e o edge computing, aproveitando as suas infraestruturas únicas.
Por fim, a CEO enfatizou a necessidade de um ambiente que acelere o investimento no setor, destacando a importância de uma política industrial e regulatória equilibrada para o futuro das telecomunicações em Portugal.
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Fonte: Sapo