UE restabelece sanções ao Irão após decisão da ONU

A União Europeia (UE) anunciou hoje a reimposição de sanções ao Irão, em resposta à falta de conformidade do país com as exigências do seu programa nuclear. Esta decisão surge após o Conselho de Segurança da ONU ter rejeitado um pedido de prorrogação de seis meses, apresentado por Rússia e China.

A chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, expressou a sua decepção ao afirmar que as intensas negociações diplomáticas não lograram resultados. “Infelizmente, não conseguimos criar as condições necessárias para uma possível extensão da Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU”, declarou em comunicado oficial. Assim, a União Europeia avançará com a aplicação imediata das sanções relacionadas com a energia nuclear que haviam sido suspensas anteriormente.

As sanções ao Irão são uma resposta à sua falta de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). Estas medidas entram em vigor após a rejeição, à meia-noite, da resolução que visava prolongar o acordo nuclear. A iniciativa foi defendida por três países europeus — França, Alemanha e Reino Unido — que fazem parte do grupo E3. Estes países argumentam que o Irão não cumpriu os compromissos estabelecidos no acordo de 2015, que limitava o seu programa nuclear, um pacto que foi abandonado pelos Estados Unidos em 2018. O Irão, por sua vez, tem afirmado que o E3 não cumpriu as suas obrigações.

Borrell sublinhou que a reimposição das sanções não deve ser vista como um fim das tentativas diplomáticas com o Irão. “A questão nuclear continua a ser um desafio crucial para a segurança regional e internacional”, afirmou, enfatizando que uma solução duradoura só poderá ser alcançada através do diálogo. O responsável europeu comprometeu-se a continuar a trabalhar com todas as partes envolvidas, incluindo o Irão, e instou o país a retomar a sua cooperação com a AIEA e a cumprir as suas obrigações no âmbito do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

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Em resposta, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abás Araqchí, criticou a rejeição da resolução no Conselho de Segurança, considerando que “abre um precedente perigoso”. Ao mesmo tempo, a Alemanha, França e Reino Unido apelaram ao Irão para que evite qualquer escalada nas tensões.

Leia também: O impacto das sanções ao Irão na economia global.

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Fonte: Sapo

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