Aviões de combate: EUA e Suécia competem para vender a Portugal

Os Estados Unidos e a Suécia estão a intensificar a sua diplomacia económica com o objetivo de vender aviões de combate a Portugal. Nos últimos dias, a Saab apresentou o Gripen E em Lisboa, enquanto a Lockheed Martin fez o mesmo com o seu F-35. Este movimento não é alheio ao exercício NATO Tiger Meet 2025 (NTM25), que está a decorrer na Base Aérea N.º 11, em Beja, envolvendo cerca de 1.700 militares de 12 países.

A presença de representantes das duas empresas em Lisboa revela a crescente importância da indústria de defesa para os governos de Estocolmo e Washington. Durante os encontros, que contaram com a participação de membros das embaixadas sueca e norte-americana, ficou claro que a venda de aviões de combate a Portugal é uma prioridade para ambos os países.

No evento da Saab, a embaixadora sueca, Elisabeth Eklund, esteve presente, enquanto a Lockheed Martin trouxe representantes da embaixada dos EUA. É importante notar que as vendas do F-35 são feitas diretamente pelo Governo dos Estados Unidos, o que torna os contactos entre os dois países ainda mais relevantes.

A Lockheed Martin destacou a “interoperabilidade” do F-35, que permite operações eficazes tanto no ar como em terra. Greg Day, diretor para negócios internacionais da empresa, sublinhou que o F-35 está preparado para enfrentar as ameaças futuras e garantir a segurança das missões. “O F-35 tem a capacidade para desempenhar as missões sem problemas e regressar a casa em segurança”, afirmou.

Além disso, a Lockheed Martin assinou um memorando de entendimento com o AED Cluster em junho, com o intuito de identificar fornecedores em Portugal. Este acordo visa promover a “cooperação e integração” entre a empresa e a indústria portuguesa, permitindo que a Lockheed Martin conheça potenciais parceiros locais.

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Atualmente, existem mais de 1.200 F-35 em operação em vários países, incluindo os EUA, Reino Unido e Alemanha. A empresa produz anualmente 156 destes aviões nas suas fábricas no Texas, Itália e Japão, com a meta de entregar mais de 36 mil unidades até ao fim do ciclo de produção. É relevante notar que mais de 25% dos componentes dos F-35 são fabricados na Europa, o que reforça a ligação da empresa com o continente.

A Lockheed Martin também enfatizou que o F-35 combina as capacidades de várias aeronaves e sistemas de defesa, criando uma solução única para as necessidades militares modernas. Em termos de prazos de entrega, o primeiro lote pode estar disponível em quatro anos, com a possibilidade de ajustar as entregas conforme as necessidades do Governo português.

Quando questionado sobre a possibilidade de Portugal esperar por um caça de 6ª geração, Greg Day foi claro: “Quando é que vai aparecer? O programa do F-35 está projetado para durar entre 40 a 60 anos e continuará a evoluir”.

Leia também: O impacto da indústria de defesa na economia portuguesa.

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Fonte: Sapo

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