O mais recente Barómetro de Conjuntura Económica da CIP e do ISEG aponta para um crescimento económico mais forte entre julho e setembro de 2023. Segundo o relatório, a evolução dos indicadores setoriais de atividade e confiança sugere um reforço do ritmo de crescimento homólogo neste trimestre.
A recuperação moderada da atividade económica, observada nos meses anteriores, deverá ter continuado em julho. Este crescimento é atribuído a um aumento significativo no comércio a retalho e no consumo de cimento, além de uma recuperação no setor dos serviços e na produção industrial. Estes fatores têm contribuído para um cenário mais otimista em relação ao crescimento económico.
Durante julho e, especialmente, em agosto, os indicadores de confiança setoriais reforçaram as expectativas de um crescimento económico positivo. Além disso, a redução das taxas de retenção na fonte do IRS e o pagamento do suplemento extraordinário de pensões são fatores que devem estimular o consumo privado neste trimestre. O aumento do consumo privado é, portanto, uma das chaves para o crescimento económico esperado.
Contudo, Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP, alerta que o impulso do consumo privado observado no final de 2024 pode ser, em grande parte, efémero. Ele destaca que um crescimento económico sustentado só será possível através de um desempenho melhorado em áreas como investimento, produtividade e exportações. Assim, é crucial que as empresas e o governo trabalhem em conjunto para criar um ambiente propício ao crescimento económico a longo prazo.
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Fonte: Sapo