EUA investem 160 milhões em Moçambique para combater VIH e tuberculose

A embaixada dos Estados Unidos em Moçambique anunciou um investimento de cerca de 160 milhões de dólares, cerca de 135 milhões de euros, para apoiar o combate ao VIH e à tuberculose no país africano. Este compromisso surge após meses de incerteza sobre o financiamento, especialmente após o encerramento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que anteriormente financiava várias iniciativas em Moçambique.

Nafeesah Allen, conselheira de relações públicas da embaixada norte-americana em Maputo, explicou que a nova estratégia se concentra em acordos bilaterais plurianuais. O objetivo é reduzir a dependência da ajuda externa e fortalecer os sistemas de saúde de Moçambique. Allen sublinhou que o financiamento será direcionado para programas que alinhem os interesses dos EUA com os desafios críticos de saúde, como o combate ao VIH e à tuberculose.

Este investimento de 160 milhões de dólares faz parte do Financiamento PEPFAR Bridge, que está previsto para durar seis meses, de outubro a março. Este financiamento será utilizado em programas anteriormente abrangidos pelo Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da SIDA (PEPFAR), uma iniciativa que já salvou milhões de vidas em diversos países. Os EUA têm sido, historicamente, o maior doador bilateral de Moçambique, contribuindo com cerca de 560 milhões de dólares anualmente.

A nova ajuda para o combate ao VIH e à tuberculose vem acompanhada de diretrizes específicas sobre a sua aplicação. O financiamento deverá garantir recursos adequados para os profissionais de saúde da linha da frente e para materiais médicos. Contudo, alguns serviços, como a circuncisão masculina e campanhas de comunicação relacionadas, não serão cobertos pelo financiamento norte-americano.

Atualmente, mais de 2 milhões de adultos em Moçambique vivem com VIH, uma das taxas de prevalência mais elevadas na região da África Austral. Além disso, no primeiro semestre deste ano, o país registou 48.000 casos de tuberculose, com as autoridades de saúde a apontarem a falta de financiamento como uma das causas do aumento dos casos. O secretário permanente do Ministério da Saúde, Ivan Manhiça, destacou que Moçambique enfrenta uma elevada carga desta doença, que frequentemente se associa ao VIH, afetando principalmente as populações mais vulneráveis.

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Benedita José, responsável pelo Programa Nacional de Controlo da Tuberculose, estimou que a patologia afeta cerca de 361 pessoas por cada 100 mil habitantes em Moçambique, prevendo-se que, com as estimativas reais, sejam encontrados cerca de 121 mil casos de tuberculose por ano. A nova ajuda dos EUA é, portanto, um passo importante no combate ao VIH e à tuberculose, contribuindo para a melhoria da saúde pública em Moçambique.

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combate ao VIH Nota: análise relacionada com combate ao VIH.

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Fonte: Sapo

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