Fusões e aquisições podem fortalecer auditoras em Portugal

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sublinha a importância de as auditoras aumentarem a sua dimensão para conseguirem investir em tecnologia e recursos humanos. Segundo o regulador, um dos caminhos para alcançar essa dimensão pode ser através de fusões e aquisições, especialmente num momento em que se verifica um crescente interesse de fundos de private equity no setor da auditoria.

José Miguel Almeida, membro do conselho de administração da CMVM, fez estas declarações durante a apresentação do relatório sobre o sistema de controlo de qualidade da atividade de auditoria, referente ao ciclo 2024/2025. O administrador destacou que a CMVM não tem uma preferência clara por fusões e aquisições ou por crescimento orgânico, considerando-se agnóstica em relação a estas abordagens. No entanto, reconhece que as fusões e aquisições podem ser uma solução viável para as auditoras aumentarem a sua capacidade de investimento.

Almeida explicou que, atualmente, as empresas precisam de ganhar dimensão para poderem realizar investimentos significativos, especialmente em áreas como tecnologia e atração de talento. Esta evolução é crucial para que as auditoras se mantenham competitivas no mercado atual e futuro. “A massa crítica é essencial para realizar investimentos, seja em tecnologia, atração e retenção de equipas ou segurança”, afirmou.

O administrador da CMVM enfatizou que esta massa crítica é alcançada através de uma determinada dimensão económica, que se traduz em receitas e capacidade de faturação. “É essa capacidade que permite realizar os investimentos necessários na atividade”, acrescentou, alertando para a importância de um “level playing field” no mercado. Sem um equilíbrio, o setor pode ficar em desvantagem.

A consolidação no mercado de auditoria tem vindo a aumentar, impulsionada pelo interesse crescente de fundos de private equity. Esta tendência representa uma oportunidade significativa para as auditoras, mas também levanta preocupações sobre a governança e a independência, questões que têm sido frequentemente abordadas pelas autoridades europeias.

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José Miguel Almeida concluiu que, para a CMVM, o mais relevante é garantir que os requisitos de independência e boas práticas de governança estão sempre presentes. “Ninguém investe capital num projeto sem a expectativa de um retorno adequado. Para isso, é imprescindível cumprir a regulamentação em vigor, caso contrário, corre-se o risco de destruir valor”, finalizou.

Leia também: O impacto das fusões e aquisições no setor financeiro.

auditoras Nota: análise relacionada com auditoras.

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Fonte: ECO

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