Grupo Berlusconi pode reforçar a Impresa e o mercado português

O possível interesse do grupo MediaSet, fundado por Silvio Berlusconi, na Impresa, que controla a SIC e o Expresso, está a gerar reações positivas no setor de media em Portugal. Alberto Rui Pereira, CEO do grupo IPG Mediabrands, considera que a simples possibilidade de um grande grupo europeu se interessar por uma empresa portuguesa é um sinal do potencial do nosso mercado. “Independentemente de se confirmar ou não o negócio, é já uma boa notícia que um grande grupo europeu tenha mostrado interesse na Impresa”, afirmou.

Pereira destaca que a entrada de um parceiro internacional de grande dimensão pode assegurar a capacidade financeira necessária para que a Impresa se mantenha independente e continue a desenvolver-se. “É essencial que os nossos grupos de media tenham capacidade de investimento neste período de transformação”, sublinhou.

Pedro Baltazar, administrador da Nova Expressão, partilha da mesma opinião. Ele menciona que as conversações entre a Impresa e a MFE não são novas e que, caso se confirme a aquisição de uma participação relevante, isso traria mais recursos e qualidade ao conteúdo produzido. “A resposta dos outros grupos de comunicação será interessante de analisar e poderá levar a uma maior eficiência e qualidade no setor”, acrescentou.

O impacto da entrada do grupo MFE na Impresa também se estenderá ao investimento publicitário em Portugal. Baltazar acredita que isso permitirá um reequilíbrio do volume de investimento em meios nacionais em relação às plataformas internacionais, criando novas oportunidades para os stakeholders do mercado.

Francisco Teixeira, country manager da WPP e CEO da WPP Media, não se pronunciou sobre o caso específico, mas enfatizou a importância de uma comunicação social livre e independente. “Tudo o que traga solidez a este setor deve ser aplaudido”, afirmou, referindo-se à necessidade de robustez em várias áreas, incluindo a produção de conteúdo.

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A Impresa confirmou recentemente que está em negociações com o grupo MFE para a compra de uma “participação relevante” na empresa. No entanto, a empresa esclareceu que ainda não existe qualquer acordo vinculativo entre o acionista e a MFE. Este desenvolvimento surge após meses de negociações com a família Soares dos Santos, que detém o grupo Jerónimo Martins, sem sucesso.

Francisco Pedro Balsemão, líder da Impresa, já havia admitido em julho a possibilidade de entrada de novos acionistas, afirmando que não estão fechados a parcerias que possam ser vantajosas para ambas as partes. “Se for uma relação win-win, não fechamos essa porta”, disse Balsemão.

A entrada do grupo MFE na Impresa poderá, portanto, não apenas reforçar a posição da empresa no mercado, mas também trazer uma nova dinâmica ao setor de media em Portugal. Leia também: “O futuro da comunicação social em Portugal”.

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Fonte: ECO

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