O partido pró-europeu Ação e Verdade (PAS), liderado pela presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova, obtendo cerca de 48% dos votos, com 95% da contagem já realizada. Esta vitória é um passo significativo para a continuidade da aproximação do país à União Europeia, em contraste com o Bloco Patriótico pró-Rússia, que ficou em segundo lugar com 25,6%.
A participação dos eleitores moldavos foi de cerca de 52%, refletindo a importância desta votação para o futuro do país. Os cidadãos tiveram de escolher entre a continuidade da integração europeia ou um possível regresso à influência russa. O PAS, no poder desde 2021, viu a sua popularidade diminuir desde então, em parte devido às dificuldades económicas que o país enfrenta, sendo um dos mais pobres da Europa. Em 2022, a Moldova formalizou o pedido de adesão à União Europeia, uma decisão que muitos moldavos consideram crucial para a sua soberania.
A votação, no entanto, não ocorreu sem controvérsias. A União Europeia alertou para uma “campanha de desinformação sem precedentes” promovida pela Rússia, que, segundo a presidente Maia Sandu, constituiu uma “interferência maciça” nas eleições. Após o seu voto em Chisinau, Sandu enfatizou que a Moldova, situada ao lado da Ucrânia, está “em perigo”. Desde agosto, as autoridades moldavas realizaram mais de 600 buscas relacionadas com tentativas de desestabilização, resultando em várias detenções.
Além disso, o serviço de cibersegurança da Moldova reportou tentativas de ataques à infraestrutura eleitoral, que foram neutralizadas sem comprometer a integridade dos serviços eleitorais. Moscovo, por sua vez, negou qualquer envolvimento nas alegações de interferência.
Com uma população de aproximadamente 2,4 milhões de habitantes, a Moldova tem enfrentado múltiplas crises desde a invasão russa à Ucrânia em 2022, o que coloca em risco o governo pró-europeu de Chisinau. A adesão à União Europeia é vista como uma forma de se libertar da influência russa. Nas eleições, cerca de vinte partidos e candidatos independentes disputaram os 101 lugares disponíveis no parlamento moldavo.
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Fonte: ECO
