O aumento do tráfego e do estacionamento, aliado aos impactos ambientais, está a gerar um debate crescente sobre o futuro da mobilidade urbana em Portugal. De acordo com um estudo da EasyPark, que faz parte da plataforma global de mobilidade Arrive, 71% dos portugueses defendem que devem ser implementadas mais restrições ao tráfego e ao estacionamento nas grandes cidades, além de um aumento das áreas pedonais.
Os inquiridos no estudo manifestaram a opinião de que, nos próximos dez anos, as restrições ao tráfego nas áreas urbanas devem ser intensificadas. Além disso, a prática de deslocações partilhadas deve tornar-se uma norma entre os cidadãos. Esta tendência é vista como uma solução viável para mitigar os problemas de congestionamento e poluição.
Jennifer Amador Tavares de Sousa, diretora para Portugal e Espanha da Arrive, sublinha a importância de planear o futuro da mobilidade urbana. “O futuro da mobilidade urbana é uma preocupação constante, especialmente quando olhamos para a pressão que as cidades e os condutores enfrentam diariamente. Os dados recolhidos não só nos ajudam a planear o ordenamento do território, mas também a integrar as necessidades dos condutores e residentes com a infraestrutura existente ou a ser construída”, afirma.
A diretora destaca ainda que, com a aproximação das eleições autárquicas, é fundamental que as cidades e os seus habitantes se unam para desenvolver estratégias que abordem estas preocupações. “Estamos ao lado das cidades e dos seus munícipes para construir um futuro mais habitável e sustentável”, conclui.
Este estudo reflete uma mudança de mentalidade na sociedade portuguesa, onde as restrições ao tráfego são vistas como uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida nas áreas urbanas. A integração de soluções de mobilidade partilhada com os transportes públicos é uma tendência que promete transformar a forma como nos deslocamos nas cidades.
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restrições ao tráfego restrições ao tráfego Nota: análise relacionada com restrições ao tráfego.
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Fonte: Sapo