Para muitos, dívidas são sinónimo de problemas financeiros. Em Portugal, o sobreendividamento é uma realidade preocupante, com um estudo recente a revelar que 1 em cada 4 pessoas enfrenta dificuldades em honrar as suas obrigações financeiras. Contudo, é importante entender que nem todas as dívidas são iguais. Neste artigo, vamos explorar as diferenças entre dívidas boas e dívidas más, ajudando-o a tomar decisões financeiras mais informadas.
As dívidas boas são aquelas que contribuem para a criação de valor, enquanto as dívidas más tendem a limitar a liberdade financeira e a causar preocupações. Para distinguir entre elas, considere os seguintes critérios.
Primeiro, uma dívida é considerada boa se financia algo que valoriza ao longo do tempo ou gera rendimento. Exemplos incluem um crédito habitação para a compra de uma casa ou um empréstimo para a formação profissional. Por outro lado, dívidas más incluem créditos para bens que desvalorizam rapidamente, como gadgets ou férias.
Outro critério importante é o horizonte temporal do crédito. Financiamentos de curto prazo para bens de consumo, como telemóveis, podem ser problemáticos. Em contraste, um crédito habitação a 30 anos pode ser uma decisão sensata, desde que os custos estejam controlados.
A sustentabilidade do orçamento é igualmente crucial. Mesmo que as condições de um crédito sejam favoráveis, ele pode ser uma má escolha se não couber no seu orçamento. A taxa de esforço, que mede a percentagem do rendimento que vai para o pagamento de dívidas, não deve ultrapassar os 30%.
Além disso, as condições do crédito são determinantes. Uma dívida boa deve ter taxas competitivas, como a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) e o Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC). Estes indicadores ajudam a comparar diferentes propostas de crédito.
Por exemplo, um cartão de crédito que exige apenas o pagamento mínimo mensal é uma dívida má, pois os juros acumulam rapidamente. Já um crédito habitação para a compra de uma casa pode ser uma dívida boa, desde que a prestação seja sustentável e o valor do empréstimo faça sentido a médio prazo.
Um caso prático ilustra bem esta distinção. Se optar por arrendar uma casa por 1.400 euros mensais ou comprar uma por 300.000 euros com um crédito habitação, a decisão deve considerar não apenas o valor da prestação, mas também o potencial de valorização do imóvel.
Por fim, o crédito para a educação é um exemplo de dívida boa, desde que as condições sejam favoráveis e o retorno financeiro seja realista. Um exemplo é o de uma pessoa que investe num mestrado e, após a conclusão, vê o seu salário aumentar, recuperando rapidamente o investimento.
Em suma, compreender as diferenças entre dívidas boas e dívidas más é fundamental para uma gestão financeira saudável. Aplique os critérios mencionados e faça escolhas que contribuam para o seu bem-estar financeiro. Leia também: Como gerir o seu orçamento familiar de forma eficaz.
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Fonte: Doutor Finanças





