Os Estados Unidos da América (EUA) iniciaram hoje o seu terceiro ‘shutdown’ durante a era de Donald Trump, sendo este o primeiro em sete anos. Este fenómeno, que resulta na falta de financiamento do setor público, terá um impacto direto sobre cerca de 750 mil trabalhadores públicos, com um custo diário estimado em 400 milhões de dólares.
A Casa Branca já emitiu ordens para que as agências governamentais comecem a implementar planos de contingência em resposta à falta de financiamento, o que implica a suspensão de serviços essenciais. Este é o 15º ‘shutdown’ governamental desde 1981 e pode resultar em consequências significativas, como a interrupção de salários para soldados e funcionários da administração pública, atrasos na divulgação de relatórios, perturbações nas viagens aéreas e a suspensão de investigações científicas.
O maior ‘shutdown’ da história dos EUA ocorreu entre o final de 2018 e o início de 2019, durando 35 dias, e foi marcado por uma intensa disputa entre Trump e os democratas sobre questões de segurança fronteiriça. Chuck Schumer, líder democrata do Senado, afirmou: “Estão a tentar intimidar-nos e não vão ter sucesso”, conforme reportado pela Reuters.
O financiamento do setor público tem sido frequentemente utilizado como uma ferramenta política nos EUA. Os republicanos têm recorrido a esta estratégia para obter vantagens políticas quando estão na oposição. Agora, os democratas estão a lutar para manter subsídios no setor da saúde, que expiram no final deste ano. A falta de entendimento entre a Casa Branca e o Congresso resulta em consequências diretas para os cidadãos, que acabam por pagar a fatura.
Adicionalmente, as eleições intercalares de 2026 estão a aproximar-se, e os partidos centristas americanos tentam ganhar apoio popular. Se o ‘shutdown’ se prolongar por três semanas, a taxa de desemprego poderá aumentar para 4,6-4,7%, a partir dos 4,3% registados em agosto.
Donald Trump, que prometeu despedir 300 mil trabalhadores federais até ao final do ano, já alertou que as ações dos democratas podem levar a cortes “irreversíveis” em empregos públicos e programas governamentais. Na terça-feira, o Senado rejeitou propostas de curto prazo que visavam manter o governo em funcionamento até 21 de novembro.
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Fonte: Sapo