A inteligência artificial (IA) está a emergir como uma infraestrutura fundamental nas empresas, prometendo revolucionar a forma como estas operam e competem no mercado. De acordo com o estudo Tech Trends 2025 da Deloitte, a verdadeira transformação das organizações só será alcançada quando estas conseguirem integrar a inovação com a escalabilidade. Bruno Batista, partner da Deloitte, salienta que é crucial encontrar uma abordagem que equilibre estes dois aspectos.
O relatório indica que, no futuro, a IA não será apenas uma ferramenta de apoio, mas sim uma tecnologia integrada que permitirá um funcionamento mais ágil e intuitivo nas empresas. Bruno Batista destaca que a IA não só impacta diretamente as operações, mas também potencia outras tecnologias emergentes, como a computação quântica e novos chipsets.
Embora a inteligência artificial já esteja presente em diversos setores, muitas empresas ainda enfrentam dificuldades em alinhar competências humanas, arquitetura tecnológica e dados. Para desbloquear todo o potencial da IA, é necessário adotar uma abordagem híbrida que equilibre investimentos em tecnologias fundamentais e emergentes.
O estudo da Deloitte identifica seis áreas-chave que irão marcar a evolução tecnológica das empresas nos próximos anos. Uma dessas áreas é a interação, onde a computação espacial e a IA possibilitam novas formas de comunicação entre humanos e máquinas. Outra tendência importante é a computação, que envolve a transição da IA do software para o hardware, com novos chips a prometerem maior eficiência.
Além disso, o papel das tecnologias de informação (TI) nas empresas está a ser redefinido. Deixam de ser apenas um suporte operacional para se tornarem uma fonte de valor direto, através de modelos de “resultado como serviço”. A cibersegurança também é um ponto crítico, com a computação quântica a ameaçar os mecanismos de encriptação atuais. As empresas que investirem em boas práticas de segurança digital estarão mais preparadas para enfrentar os desafios futuros.
Por fim, a modernização dos sistemas centrais das organizações é inevitável. A integração da IA exigirá uma reestruturação profunda, onde agentes inteligentes poderão assumir funções críticas de forma autónoma. Gonçalo Santos, também da Deloitte, menciona que já existem casos de forças de trabalho compostas exclusivamente por IA, capazes de tomar decisões autonomamente, algo que parecia ficção científica há poucos anos.
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Fonte: ECO