O Aeiou apresentou uma proposta de 100 mil euros para adquirir a revista Visão, uma oferta que foi revelada após a assembleia de credores realizada na quarta-feira. Contudo, a proposta não foi apreciada, uma vez que a Segurança Social e as Finanças, os principais credores da Trust in News (TiN), que detém a Visão, exigiram uma avaliação prévia antes de qualquer venda.
Armando Batista, acionista maioritário da Aeiou Ad Networks, explicou que a proposta surgiu em resposta ao risco de encerramento da Visão. “O objetivo foi sinalizar que estamos dispostos a manter a continuidade do ativo digital, mesmo que a edição em papel não se mantenha”, afirmou Batista. Ele acredita que outras propostas mais robustas poderão surgir, mas a intenção é garantir que a marca não desapareça.
A proposta de 100 mil euros refere-se apenas à marca e ao domínio digital da Visão, o que implica o fim da edição em papel. Para avançar com a compra, a Aeiou conta com o apoio de investidores individuais que poderão ajudar na operação. Batista reconhece que, se a compra se concretizar, será necessário reforçar a equipa para assegurar a publicação online, uma vez que a atual equipa da Aeiou é bastante reduzida.
Além da proposta do Aeiou, um grupo de jornalistas que mantém a produção da revista também avançou com uma proposta para garantir a continuidade da atividade editorial. Esta proposta visa manter a tiragem média de cerca de 15 mil exemplares e salvaguardar postos de trabalho. O valor base para esta proposta é de 40 mil euros, podendo ser ajustado após uma avaliação independente.
Ambas as propostas, no entanto, não foram apreciadas na assembleia de credores, uma vez que os principais credores exigem uma avaliação prévia. O administrador de insolvência, André Correia Pais, indicou que não há recursos disponíveis para realizar essa avaliação, o que poderá atrasar o processo de venda. Manuel Halpern, representante dos trabalhadores, expressou preocupações sobre a morosidade da avaliação, que poderá impedir uma venda rápida.
Na assembleia, foi aprovado o encerramento da atividade do grupo, mas também a continuidade da publicação da revista Visão, conforme solicitado pelos jornalistas. Eles poderão continuar a assegurar a produção da revista até que a venda do título se concretize, sob a supervisão do Administrador da Insolvência.
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Fonte: ECO





