A recente campanha autárquica em Portugal tem sido marcada por declarações contundentes de líderes políticos sobre a chamada “venda de almas”. André Ventura, líder do Chega, justificou a sua ausência nos primeiros dias de campanha com questões de “natureza pessoal e familiar”. Ventura, que é a figura mais visível do seu partido, expressou o desejo de ter começado a campanha mais cedo, mas a sua presença tem sido sentida através de cartazes espalhados pelo país.
Na mesma linha, José Luís Carneiro, do Partido Socialista, abordou a união entre o PSD, CDS e Chega na aprovação da nova lei de estrangeiros. “A democracia não está para brincadeiras. Há muitos inimigos da democracia hoje, e há quem, dentro do país, se deixe instrumentalizar e já tenha vendido a alma ao diabo”, afirmou Carneiro, numa crítica direta à postura de alguns partidos.
A campanha tem gerado reações diversas, com Hugo Soares, do PSD, a lamentar que o PS não tenha reconhecido a gravidade da situação que o país enfrenta. “O Partido Socialista não percebeu o problema que o país vive e voltou a estar do lado da negação”, disse Soares, reforçando a ideia de que a venda de almas é uma questão que deve ser levada a sério.
Enquanto isso, Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, ainda não se fez notar na campanha, tendo até suspendido o seu mandato de deputada. No entanto, o seu nome tem sido frequentemente mencionado, especialmente após a sua detenção em Israel. Fabian Figueiredo, que a tem representado, criticou o primeiro-ministro por não fornecer informações relevantes ao Bloco, enquanto Paulo Raimundo, do PCP, exigiu esclarecimentos sobre a situação na Palestina.
A crítica à ação de Mortágua não se limitou à esquerda. Nuno Melo, do CDS, classificou a sua iniciativa de “irresponsável” e defendeu que a sua presença na flotilha era um apoio a uma organização terrorista. “Eu estou do lado da democracia e da liberdade”, afirmou Melo, numa clara referência à sua posição política.
André Ventura, por sua vez, desvalorizou a situação, chamando-a de “mero número de circo da extrema-esquerda”. Questionou quem irá suportar os custos da detenção de Mortágua, sublinhando a sua crítica à forma como a política é utilizada para fins pessoais.
A campanha autárquica continua a ser um terreno fértil para debates acesos sobre a ética na política e a noção de venda de almas. As declarações de Ventura e Carneiro refletem uma preocupação crescente com a integridade democrática em Portugal. Leia também: O impacto das campanhas autárquicas na política nacional.
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Fonte: ECO





